Finalmente,
consegui assistir ao preferido do Oscar. Demorou!
Baseado na biografia
do presidente norte-americano Abraham Lincoln, Team of
Rivals: The Political Genius of Abraham Lincoln da autora
Doris Kearns Goodwin, o filme traz como protagonista o ator
britânico Daniel Day-Lewis, que luta para acabar com a escravidão
nos Estados Unidos em plena Guerra da Secessão, que dividiu os
estados do Sul contra os estados do Norte. A guerra que se inicia em
1861 e dura cinco anos, tem como vencedor o Estado do Norte, já
que estavam, militarmente, melhor preparados para o conflito.
Reverenciado
como um mito na história política americana, Lincoln representa a
força republicana que se instalou no país, na luta entre os
republicanos e democratas, e marca os últimos anos da sua
trajetória, em plena guerra civil, que devastava o país (1865). Lincoln
tornou-se o longa mais cotado para a maior parte da premiação do
Oscar deste ano. Nada mais nada menos do que o preferido em 12
categorias.
Sem
abordar com força total a figura histórica do 16º presidente
americano, considerando que o autor Steven Spielberg é dado ao
trabalho superficial em seus longas, focado quase sempre nos efeitos
de fotografia e de maquiagem, na política americana do século XIX,
na crescente produção industrial, que se contrasta com o meio
rural, o filme, com duração de duas horas e meia, teve, certamente,
a maior preocupação em divulgar a oposição explícita entre o
Norte e o Sul do império americano e a intervenção do mito
político, representando o fim da escravidão, a herança da luta de
classes e de interesses políticos, que colocam os Estados Unidos,
mais uma vez, na condição da intocável potência que lida com os fatos e
com os personagens, sempre por debaixo dos panos.
A
estampa que o longa traz escandaliza um lado escuro da política de
compra de votos de parlamentares e revela que os democratas lutavam
pela manutenção do sistema escravocrata, enquanto os republicanos
tentavam vencer a dureza da escravidão. Trata-se de um filme
político e revelador, que por ter sido criado pelo astro da
indústria cinematográfica, não poderia faltar a dimensão gloriosa
de um líder político, prestes a morrer e como uma boa crítica, com
a árdua missão de “salvar” o seu povo.
Assisti ao filme L I N C O L N ontem. Filme para americanos ou não, foi revelador. Também não sei se merece todos os oscars para o qual foi indicado, mas tem uma fotografia e uma maquiagem, trabalhadas na exuberância, que como sempre, nas mãos de Spielberg, não dá brecha para outro.
Assisti ao filme L I N C O L N ontem. Filme para americanos ou não, foi revelador. Também não sei se merece todos os oscars para o qual foi indicado, mas tem uma fotografia e uma maquiagem, trabalhadas na exuberância, que como sempre, nas mãos de Spielberg, não dá brecha para outro.
Fica a minha boa dica para este final de semana! Beijos.
Professora
Lila Mendes.