Todas as línguas e dialetos (variedades de uma língua) são igualmente complexas e eficientes para o exercício de todas as funções a que se destinam e nenhuma língua ou variedade
dialetal
é inerentemente inferior a outra similar sua. Assim, dizer que uma
variedade rural é simples demais e, portanto, primitiva, significa
afirmar que há alguma outra variedade mais complexa e mais desenvolvida.
Sabe-se, contudo, que as variações linguísticas são determinas por três importantes fatores que definem o grau de monitoramento empregado no discurso:
1. fatores geográficos (origem, região)
2. fatores sociais (classe, idade, sexo)
3. fatores situacionais ( a relação/situação do locutor com o locutário)
Na comunicação (interlocução), os elementos abaixo estão relacionados, de forma a permitir que o diálogo aconteça:
São esses elementos que determinam a função da linguagem em um dado discurso.
- Aquele que emite a mensagem, codificando-a em palavras chama-se EMISSOR.
- Quem recebe a mensagem de a decodifica, ou seja, apreende a idéia, é chamado de RECEPTOR.
- Aquilo que é comunicado, o conteúdo da comunicação é chamado de MENSAGEM.
- CÓDIGO é o sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem.
- REFERENTE, por sua vez, é o contexto em que se encontram o emissor e o receptor.
- O meio pelo qual esta mensagem é transmitida é nomeado CANAL.
Nos próximos posts teremos exemplos específicos de cada função de linguagem. Assista ao vídeo ao lado.
Referências bibliográficas
BAGNO, M.A língua de Eulália:novela sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2000.
CAMACHO, R. G.
Conflito entre norma e diversidade dialetal no ensino da língua portuguesa. 1984.
Tese (Doutorado em Linguística) – Araraquara: UNESP, 1984.
CAMACHO, R. G. A variação linguística. In: SÃO PAULO (Estado).
Subsídios à proposta curricular para
o ensino de língua portuguesa no 1º e 2º graus. São Paulo: SE-CENP, 1988. v. 3.
CUNHA, C.Gramática do português contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares, 1971