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Estamos a caminho da Final do concurso Soletrando 2012.
Para que os alunos treinem nos próximos dias, seguem as palavras que
podem fazer parte das últimas rodadas que antecedem o período de férias.
Estudem e Boa sorte !
ALGUMAS PALAVRAS :
arco-íris, boa-fé, mesa-redonda, joão-ninguém, porta-malas, pão-duro, bate-boca, pontapé, blá-blá-blá, zigue-zague, dia a dia, cor-de-rosa, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa, belo-horizontino, sul-africano, mico-leão-dourado,
pimenta-do-reino, cravo-da-índia, mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.
intermunicipal, mal-entendido, supérfluo, jenipapo, sirigaita, jejum, semiaberto, semideus, pseudo-hermafrodita, pré-cozido, pós-operatório, pós-impressionismo, multimilionário, pluridisciplinar, microcâmara, microtexto, minidicionário, minivestido, maxissaia.
intrauterino, intercontinental, hiper-requintado, hipercalórico,
ex-vice-presidente, eletrodinâmica, ex-primeiro-ministro, contraindicação, copiloto, bioativo, autossofrimento, biossistema, antirrevolucionário, antiescravagista, antissequestro, autoconhecimento, autodefesa, antevéspera, antiaderente, antialcoólico, antialérgico, aeroclube, aerossol, quiproquó, seriguela, bilíngue, anhanguera, exequível, queloide, corticoide, paleozoico, espermatozoide, boia-fria, boleia, seborreia.
I. Guia Prático da NOVA ORTOGRAFIA
Saiba o que mudou na ortografia brasileira
Versão atualizada de acordo com o VOLP
por Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as
alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro
de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o
Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de
1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à
língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não
elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a
língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à
pretendida unificação ortográfica desses países.
Este guia foi elaborado de acordo com a 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), publicado pela Academia Brasileira de Letras em março de 2009.
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da
maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações.
Por exemplo:
- na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
- na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era | Como fica |
agüentar | aguentar |
argüir | arguir |
bilíngüe | bilíngue |
cinqüenta | cinquenta |
delinqüente | delinquente |
eloqüente | eloquente |
ensangüentado | ensanguentado |
eqüestre | equestre |
freqüente | frequente |
lingüeta | lingueta |
lingüiça | linguiça |
qüinqüênio | quinquênio |
sagüi | sagui |
seqüência | sequência |
seqüestro | sequestro |
tranqüilo | tranquilo |
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
sílaba).
Como era | Como fica |
alcalóide | alcaloide |
alcatéia | alcateia |
andróide | androide |
apóia | (verbo apoiar)apoia |
apóio | (verbo apoiar)apoio |
asteróide | asteroide |
bóia | boia |
celulóide | celuloide |
clarabóia | claraboia |
colméia | colmeia |
Coréia | Coreia |
debilóide | debiloide |
epopéia | epopeia |
estóico | estoico |
estréia | estreia |
estréio (verbo estrear) | estreio |
geléia | geleia |
heróico | heroico |
idéia | ideia |
jibóia | jiboia |
jóia | joia |
odisséia | odisseia |
paranóia | paranoia |
paranóico | paranoico |
platéia | plateia |
tramóia | tramoia |
Atenção:
essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era | Como fica |
baiúca | baiuca |
bocaiúva | bocaiuva* |
cauíla | cauila** |
* bacaiuva = certo tipo de palmeira
**cauila = avarento
**cauila = avarento
Atenção:
- se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
- se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece. Exemplos: guaíba, Guaíra.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era | Como fica |
abençôo | abençoo |
crêem (verbo crer) | creem |
dêem (verbo dar) | deem |
dôo (verbo doar) | doo |
enjôo | enjoo |
lêem (verbo ler) | leem |
magôo (verbo magoar) | magoo |
perdôo (verbo perdoar) | perdoo |
povôo (verbo povoar) | povoo |
vêem (verbo ver) | veem |
vôos | voos |
zôo | zoo |
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era | Como fica |
Ele pára o carro. | Ele para o carro. |
Ele foi ao pólo Norte. | Ele foi ao polo Norte. |
Ele gosta de jogar pólo. | Ele gosta de jogar polo. |
Esse gato tem pêlos brancos. | Esse gato tem pelos brancos. |
Comi uma pêra. | Comi uma pera. |
Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase
mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir,
como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do
presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do
imperativo. Veja:
- se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. - se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.
Uso do hífen com compostos
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam
elementos de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé,
segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas,
porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.
*Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase
iguais, sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá,
zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom,
pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de
ligação. Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia,
fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de
pau, olho de sogra.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos:
maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre,
deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de
conta.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo. Exemplos: gota-d'água, pé-d'água.
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos
(nomes próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos:
Belo Horizonte - belo-horizontino
Belo Horizonte - belo-horizontino
Porto Alegre - porto-alegrense
Mato Grosso do Sul - mato-grossense-do-sul
Rio Grande do Norte - rio-grandense-do-norte
Ãfrica do Sul - sul-africano
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e
botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham
ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada,
peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra,
lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino,
peroba-do-campo, cravo-da-índia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam
espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido
original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio (deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras
formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos
que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro,
macro, micro, mini, multi, neo etc.).
Casos gerais
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
micro-ondas
anti-inflacionário
sub-bibliotecário
inter-regional
micro-ondas
anti-inflacionário
sub-bibliotecário
inter-regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a outra palavra. Exemplos:
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
autoescola
antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta
minissaia
antirracismo
ultrassom
semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos:
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda
sub-região
sub-reitor
sub-regional
sob-roda
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
vice-rei
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos:
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
cosseno
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e. Exemplos:
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por b, d ou r. Exemplos:
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar
ad-digital
ad-renal
ob-rogar
ab-rogar
Outros casos do uso do hífen
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito
(acordo de) não agressão
(isto é um) quase delito
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo
mal-entendido
mal-estar
mal-humorado
mal-limpo
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se
não houver elemento de ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver
elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos:
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim
capim-açu
amoré-guaçu
anajá-mirim
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que
ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas
encadeamentos vocabulares. Exemplos:
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
ponte Rio-Niterói
eixo Rio-São Paulo
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma
palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser
repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
-se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex-
-alunos.
-alunos.
II. ATIVIDADES PARA O ENSINO MÉDIO
PRONOMES
Antes de
apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu:
— Me faz um favor?
—O quê?
— Você não vai ficar chateado?
—O que é?
— Não fala tão certo?
— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica esquisito.
—Por quê?
— É que a turma repara. Sei lá, parece…
— Soberba?
— Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes.
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente?
— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram:
— O Carol, teu namorado é mudo?
Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo. Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.
— Me faz um favor?
—O quê?
— Você não vai ficar chateado?
—O que é?
— Não fala tão certo?
— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica esquisito.
—Por quê?
— É que a turma repara. Sei lá, parece…
— Soberba?
— Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes.
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente?
— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram:
— O Carol, teu namorado é mudo?
Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo. Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.
(VERISSIMO,
Luis Fernando. Contos de verão. O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000.)
1. Após ter visto os principais casos referentes ao uso adequado do pronome, você está apto a reescrever os períodos abaixo, corrigindo-os quando for o caso.
a-
“Jamais haverá inimizade entre eu e você”, disse o rapaz.
b-
“Venha e traga contigo todo o material que estiver aí!”
c- “Ela
falou que era para mim comer, e depois, para mim sair dali.”
d-
Polidamente, mandei eles entrar e, depois, deixei eles sentar.
e- “Sua
Majestade, Senhor Rei, sois generoso e bom para com o vosso povo.”
f-
“Se vier, traga comigo o livro que lhe pedi.”
2. (EPCAR) O que é pronome relativo na frase:
a) Os
que
chegaram atrasados farão a prova?
b) Se não
precisas de nós, que
vieste fazer aqui?
c) Quem pode
afiançar que
seja ele o criminoso?
d) Que
dia é hoje?
e) Ele disse
que
compraria o livro?
3. (BB) Pronome empregado incorretamente:
a)
Deixaram-me
fazer o serviço.
b) Fez tudo
para eu
viajar.
c) Hoje Maria
irá sem mim.
d) Meus
conselhos fizeram-no
refletir.
e) Nada
existe nada entre tu
e ele.
4. (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em:
a)
“Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado.”
b)
“Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las.”
c) “A
nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi
ativa.”
d)
“Havia necessidade de que tais idéias ficassem sepultadas.”
e)
“Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa.”
5. (UF-MA) Identifique a oração em que a palavra certo é pronome indefinido:
a)
Certo perdeste o juízo.
b)
Certo rapaz te procurou.
c)
Escolheste o rapaz certo.
d)
Marque o conceito certo.
e) Não
deixe o certo pelo errado.
6. (CARLOS CHAGAS) “Se é para ……. dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ……. .”
a) mim,
eu e tu
d) eu, mim e tu
b) mim, mim e
ti e)
eu, eu e ti
c) eu, mim e
ti
7. (UEPG-PR) “Toda pessoa deve responder pelos compromissos assumidos.” A palavra destacada é:
a) pronome
adjetivo indefinido
b) pronome
substantivo indefinido
c) pronome
adjetivo demonstrativo
d) pronome
substantivo demonstrativo
e) nenhuma
das alternativas acima é correta
8. (UEPG-PR)
Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome
relativo:
a) Não sei
onde eles estão.
b) “Onde
estás que não respondes?”
c) A
instituição onde estudo é a UEPG.
d) Ele me
deixou onde está a catedral.
e) Pergunto
onde ele conheceu esta teoria.
9. (FUVEST)
Conheci que (1) Madalena era boa em demasia… A culpa foi desta vida
agreste que (2) me deu uma alma agreste. Procuro recordar o que (3)
dizíamos. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4)
piava há dois anos? Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta
casa está quase deserta. Nas frases acima o que aparece seis vezes;
em três delas é pronome relativo. Quais?
a) 1, 2,
4
d) 2, 3, 4
b) 2, 4,
6
e) 2, 3, 5
c) 3, 4 ,5
10. (MACK)
“Este inferno de amar – como eu amo! – / Quem mo pôs aqui
n’alma … quem foi? / Esta chama que alenta e consome, / Que é a
vida – e que a vida destrói – / Como é que se veio a atear, /
Quando – ai quando se há-de apagar? (Almeida Garret)
No
texto, os pronomes eu – quem – este, são, respectivamente:
a) indefinido
– pessoal – indefinido
b) pessoal –
interrogativo – demonstrativo
c) pessoal –
indefinido – demonstrativo
d)
interrogativo – pessoal – indefinido
e) indefinido
– pessoal – interrogativo
11. Em “O casal de índios levou-os a sua aldeia, que estava deserta, onde ofereceu frutas aos convidados”, temos:
a) dois
pronomes possessivos e dois pronomes pessoais;
b) um pronome
pessoal, um pronome possessivo e dois pronomes relativos;
c) dois
pronomes pessoais e dois pronomes relativos;
d) um pronome
pessoal, um pronome possessivo, um pronome relativo e um pronome
interrogativo;
e) dois
pronomes possessivos e dois pronomes relativos.
12. (ITA) Indique a alternativa em que há erro gramatical:
a) Ele é
contra eu estar aqui.
b) Ele é
contra mim, estar aqui é crime.
c) Com eu
estava doente, não houve palestra.
d) Não vá
sem eu.
e) Não
haveria entre mim e ti entendimento possível.
13. (Unitau) Em “A crença de que ESSES dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico, uma questão de fé”, o autor empregou a palavra em destaque porque
a) é uma
indicação da distância espacial entre o escritor e o leitor.
b) é uma
indicação da proximidade temporal entre o escritor e o leitor.
c) é uma
indicação da distância temporal entre o escritor e o leitor.
d) é uma
referência coesiva a elementos da frase posterior.
e) é uma
referência coesiva a elementos da frase anterior.
Gabarito:
1.(a) entre
mim
e você.
(b)
Venha e traga consigo
ou Vem
e traz
contigo.
(c)
para eu
comer / para eu
sair dali. (Pronomes pessoais retos cumprem função de sujeito)
(d)
mandei-os entrar
/ deixei-os
sentar (Pronomes pessoais oblíquos cumprem função de complemento
do verbo.)
(e)
Vossa
Majestade (Vossa – quando a pessoa com que se fala está presente /
Sua – quando a pessoa está ausente)
(f)
traga consigo
o livro.
2.
a
3.
e
4.
a (Muitas)
5.
b
6.
c
7.
a
8.
c
9.
d
10.
b
11.
b (os, sua, que, onde, respectivamente)
12.
d
13.
e
VERBOS PARA O PRÉ-VESTIBULAR
1.
Complete as frases, copiando-as, usando os verbos dos parênteses no
subjuntivo:
a)
Você quer que eu o ( * ) (ajudar).
b)
Você queria que eu o ( * ) (ajudar).
c)
É bom que você ( * ) (arrumar) suas coisas.
d)
Seria bom que você( * ) (arrumar) suas coisas.
e)
Admito que você ( * ) (estar) certo.
f)
Admitia que você ( * ) (estar) certo.
g)
Duvidam de que nós ( * ) (ser) capazes.
h)
Duvidaram de que nós (ser) ( * ) capazes.
i)
Pedem-me que ( * ) (consultar) um oculista.
j)
Pediram-me que ( * ) (consultar) um oculista.
k)
Talvez seja possível que vocês ( * ) (chegar) a tempo.
l)
Talvez fosse possível que vocês ( * ) (chegar) a tempo.
m)
É justo que eles ( * ) (pagar) a sua parte.
n)
Seria justo que eles ( * ) (pagar) a sua parte.
o)
É interessante que você ( * ) (descobrir) coisas novas.
p)
Seria interessante que você ( * ) (descobrir) coisas.
q)
Ele aconselha que eu ( * ) (vir) de carro.
r)
Ele aconselhou que eu ( * ) (vir) de carro.
s)
Caso você ( * ) (querer), posso ficar aqui.
t)
Caso você( * ) (querer), podia ficar aqui.
u)
Desde que tu( * ) (entregar) os relatórios em dia, terás as
folgas que quiseres
v)
Desde que tu( * ) (entregar) os relatórios em dia, terias as
folgas que quiser
w)
Mesmo que( * ) (chover) canivetes, eu vou sair.
x)
Mesmo que( * ) (chover) canivetes, eu iria sair.
y)
Mesmo se você( * ) (fazer) tudo certo, não o aceitarão
z)
Mesmo se você( * ) (fazer) tudo certo, não o aceitariam.
2.
Complete as frases, copiando-as, usando os verbos dos parênteses no
subjuntivo:
a)
Se você
(acabar)
tudo, descanse.
b)
Se você
(acabar)
tudo, descansaria.
c)
Trarei um presente quando você
(ser)
universitário.
d)
Traria um presente se
(ser)
seu aniversário.
e)
No momento em que nós
(sair),
eles entrarão.
f)
No momento em que nós ___(sair), eles entrariam.
g) Quando vós (limpar) esta sujeira, estareis livres.
h)
Se vós
(limpar)
esta sujeira, estareis livres.
i)
Se tu _____(colaborar) comigo, ganharás um doce.
j)
Se tu
(colaborar)
comigo, ganharias um doce.
3.Transcreva
as frases abaixo, em seu caderno, passando-as para a 3ª pessoa do
singular:
a)
Não sejas tolo, homem!
b)
Nada viste além de teu infortúnio.
c)
Amanda, por que não vens comigo e aprecias a exposição das
estátuas chinesas ?
d)
Vem ver os espetáculo, Luana, e esquecerás que foste mal na prova
de português.
e)
Amai vossos inimigos, disse o Senhor.
f)
Bendizei os que vos maltratam.
g)
Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal .
h)
Procura-me na escola que estarei lá.
i)
Aciona os motores do navio: já partiremos.
j)
Belisca-me para ver se estou sonhando.
k)
Entoa aquela canção de ninas que cantavas quando era criança.
4. Leia
atentamente o seguinte texto:
Nosso estranho amor
Não
quero sugar todo seu leite
Nem
quero você enfeite do meu ser
Apenas
te pelo que respeite
O
meu louco querer.
Não
importa com quem você se deite
Que
você se deleite seja com quem for
Apenas
te peço que aceite
O
meu estranho amor.
Ah!
Mainha
Deixa
o ciúme chegar
Deixa
o ciúme passar e sigamos juntos
Ah!
Neguinha
Deixa
eu gostar de você
Pra
lá do meu coração
Não
me diga nunca não.
Que
ocorre com as formas verbais empregadas no texto? Isso afeta o
emprego do imperativo? Por que o eu lírico faz
tal emprego?
III. Revisão
para o EF ano- Professora Marília, 05/07/12
1.Classifique
os verbos nas frase seguintes, considerando o modo, o tempo e a
pessoa do discurso:
a)
Chanceler é
acusado de ter tentado impedir impeachment de Fernando Lugo.
b)
Plenário votará
perda de mandato na quarta.
c)
Bala perdida atinge
mulher em ponto de ônibus em Goiás.
d)
Pedro Leonardo afirma
que se soubesse
das consequências de dirigir com sono, teria evitado acidente.
e)
Que a sorte da mega-sena saia
para alguém paupérrimo.
2.
Indique a conjugação a que pertencem os verbos no trecho abaixo:
A
Polícia Civil investiga
um possível caso de maus-tratos a um bebê de três meses, que está
internado há 20 dias em um hospital de Belo
Horizonte. De acordo com o delegado Geraldo Toledo, a principal
suspeita é
a babá da criança. No dia 18 de junho, um inquérito foi
instaurado para investigar
o caso. Ainda segundo Toledo, os pais da criança, funcionários da
unidade de saúde, a babá e ex-patrões dela prestaram
depoimento. Mas, devido a controvérsias no depoimento da babá, ela
vai
ser ouvida novamente para esclarecimentos nesta quinta-feira (5), de
acordo com o delegado.
Disponível
em < http://g1.globo.com/minasgerais/noticia/2012/07>
No
caderno, classifique o modo e o tempo dos verbos grifados.
3.
Leia o texto abaixo e faça o que se pede :
Um
adolescente de 14 anos foi eletrocutado nesta terça-feira (3) quando
tentava pegar uma pipa em um fio de uma rede elétrica, em Juiz
de Fora, na Zona da Mata, em Minas Gerais. De acordo com a
Polícia Militar (PM), ele
queria resgatar o brinquedo, que ficou preso à fiação, com uma
barra de alumínio.
Segundo a PM, após a pipa ficar agarrada, o garoto foi até a casa dos vizinhos e pediu autorização para retirá-la dos fios. Ele sofreu uma descarga forte de energia. Uma unidade móvel de socorro médico tentou reanimar o adolescente, mas ele morreu no local.
Segundo a PM, após a pipa ficar agarrada, o garoto foi até a casa dos vizinhos e pediu autorização para retirá-la dos fios. Ele sofreu uma descarga forte de energia. Uma unidade móvel de socorro médico tentou reanimar o adolescente, mas ele morreu no local.
Disponível
em < http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/07/>
a)
Identifique os verbos que pertencem ao pretérito imperfeito.
b)
Copie as frases sublinhadas e passe os verbos para o futuro do
presente e futuro do pretérito.
c)
Conjugue o verbo haver no pretérito perfeito e pretérito imperfeito
do indicativo.
IV. QUANDO O ASSUNTO É CONCORDÂNCIA
Apresento hoje algumas dicas que podem favorecê-lo nos casos especiais
de Concordância do verbos com o sujeito simples . Lembrando que na hora
de concordar o verbo com o sujeito, vale ficar atento às regras e usar
de bom senso. O segredo como em todo estudo de gramática é praticar.
Observem alguns casos especiais:
* sujeito pronome de tratamento - o verbo fica na 3 pessoa.
" Você me tem fácil demais , mas não parece capaz..."
Os senhores usavam cavanhaque à moda antiga.
* Sujeito com a locução mais de um - verbo no plural, caso represente a ideia de reciprocidade.
Mais de um interpretou aquele belo clássico de Verdi.
* Mais de um em casos normais - verbo no singular.
Mais de um piloto sobrevoou a região do acidente.
* Sujeito com a locução um ou outro -verbo no singular
Um ou outro terá que preencher a vaga.
*Sujeito com locuções partitivas- verbo no singular ou no plural
A maioria das lojas estava fechada./A maioria das lojas estavam fechadas.
* sujeito com a expressão um dos que -singular ou plural dependendo da situação.
Ele foi um dos parentes que mais me apoiaram.
Atenção : quando se quer destacar o indivíduo ( dentro de um grupo ) no entanto, o verbo fica no singular.
Meu tio foi dos parentes que mais me incentivou.
* Sujeito representado por nomes próprios- verbo no plural caso o nome próprio seja antecedido de artigo
Os Estados Unidos investiram bastante na energia eólica nos últimos anos.
Atenção : Sem o artigo, antecedendo esse nome próprio, temos:
Estados Unidos investiu bastante na energia eólica...
* sujeitos com pronomes interrogativos ou indefinidos -Verbo no plural, caso esses pronomes venham seguidos dos pronomes nós e vós.
Observem :
Quais de nós fizeram justiça? ( ou fizemos )
Alguns de vós terão a meta cumprida ? ( ou tereis )
Atenção: O verbo fica no singular se o pronome estiver no singular:
Qual de vós deseja um táxi ?
Nenhum de nós fez a tarefa completa .
Esse é o primeiro tópico de concordância que eu preparei para vocês. Espero que gostem.Até a próxima.
Professora Marília Mendes
PROJETO DE 2010: COLÉGIO OBJETIVO/ BRASÍLIA
I. PROJETO QUEM CONTA UM MINICONTO AUMENTA UM PONTO
1.Justificativa
O projeto “ Quem conta um miniconto aumenta um ponto “ foi desenvolvido em minhas aulas de Literatura no colégio Objetivo de Brasília em 2010. Como parte integrante da programação do PAS/UNB, contava com o reforço das aulas de Literatura, ministradas por mim, durante 01 mês ( 06 aulas ) , dada a necessidade de exploração dos diferentes gêneros discursivos e da estrutura composicional do microconto ou miniconto, seguindo o programa de avaliação seriada da universidade de Brasília, seu principal foco.
A partir do projeto que foi realizado em 2010, procurei adaptá-lo a um novo contexto, voltado para alunos do Ensino Médio em diferentes instituições do Brasil.
Algumas alterações fizeram-se necessárias, para atender à necessidade de aprovação do aluno no vestibular da UFMG e outras universidades. As aulas seguem, com rigor, um conteúdo específico, seguido de avaliações objetivas e periódicas, o que implica em baixa flexibilidade para projetos e trabalhos que fujam da perspectiva do Enem.
2.Objetivos do projeto
*Compreender o miniconto como um gênero discursivo por meio de estruturas composicionais e temáticas recorrentes.
* Analisar discursivamente minicontos.
* Elaborar questões interpretativas a partir de minicontos.
* Produzir um miniconto.
3. Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
*Conto
*Elementos da narrativa
*Gêneros textuais
4. Estratégias e recursos da aula
*Pesquisa
*Discussão coletiva
*Trabalho em duplas
*Leitura de minicontos selecionados na internet e no livro-base.
* Seminário
5.Recursos:
* Laptop com acesso à internet
* Livro texto base : Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004)
6.Tópico de seminário
Depois da apreciação dos minicontos, prevê-se a organização de um seminário, para saber dos alunos suas impressões acerca do que viram. Para tanto, propõem-se aos discentes os seguintes tópicos :
* tamanho dos textos;
* tipos de linguagem nos textos;
*tipos de texto (narrativo, injuntivo, dissertativo, argumentativo, expositivo, dialogal, descritivo);
* layout do texto;
* autoria;
* Leitura do texto de apresentação do conceito e caracterização do gênero miniconto,
dentre outros aspectos composicionais e estruturais do gênero.
7. Apresentação do conceito e das características do gênero miniconto
Texto 01
1.Justificativa
O projeto “ Quem conta um miniconto aumenta um ponto “ foi desenvolvido em minhas aulas de Literatura no colégio Objetivo de Brasília em 2010. Como parte integrante da programação do PAS/UNB, contava com o reforço das aulas de Literatura, ministradas por mim, durante 01 mês ( 06 aulas ) , dada a necessidade de exploração dos diferentes gêneros discursivos e da estrutura composicional do microconto ou miniconto, seguindo o programa de avaliação seriada da universidade de Brasília, seu principal foco.
A partir do projeto que foi realizado em 2010, procurei adaptá-lo a um novo contexto, voltado para alunos do Ensino Médio em diferentes instituições do Brasil.
Algumas alterações fizeram-se necessárias, para atender à necessidade de aprovação do aluno no vestibular da UFMG e outras universidades. As aulas seguem, com rigor, um conteúdo específico, seguido de avaliações objetivas e periódicas, o que implica em baixa flexibilidade para projetos e trabalhos que fujam da perspectiva do Enem.
2.Objetivos do projeto
*Compreender o miniconto como um gênero discursivo por meio de estruturas composicionais e temáticas recorrentes.
* Analisar discursivamente minicontos.
* Elaborar questões interpretativas a partir de minicontos.
* Produzir um miniconto.
3. Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
*Conto
*Elementos da narrativa
*Gêneros textuais
4. Estratégias e recursos da aula
*Pesquisa
*Discussão coletiva
*Trabalho em duplas
*Leitura de minicontos selecionados na internet e no livro-base.
* Seminário
5.Recursos:
* Laptop com acesso à internet
* Livro texto base : Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004)
6.Tópico de seminário
Depois da apreciação dos minicontos, prevê-se a organização de um seminário, para saber dos alunos suas impressões acerca do que viram. Para tanto, propõem-se aos discentes os seguintes tópicos :
* tamanho dos textos;
* tipos de linguagem nos textos;
*tipos de texto (narrativo, injuntivo, dissertativo, argumentativo, expositivo, dialogal, descritivo);
* layout do texto;
* autoria;
* Leitura do texto de apresentação do conceito e caracterização do gênero miniconto,
dentre outros aspectos composicionais e estruturais do gênero.
7. Apresentação do conceito e das características do gênero miniconto
Texto 01
O hibridismo formal da micronarrativa
Estudar o contemporâneo é sempre um exercício de audácia e coragem. Primeiro, por estarmos muito próximos e sermos partícipes do contemporâneo. Segundo, por nossa incapacidade de apontar qual o impacto do objeto estudado. Pois este pesquisador somará à dificuldade de lidar com o contemporâneo a dificuldade de tratar sobre um tema pouquíssimo explorado: o miniconto, ou melhor, a micronarrativa.
O miniconto tem sido produzido pelo menos desde a metade do século XX por autores como Julio Cortázar (o mais célebre deles) e são também chamados de microconto, microrrelato, minificção, conto brevíssimo, ou conto em miniatura, mas somente nos últimos anos têm sido publicados trabalhos que estudam o miniconto como uma manifestação autônoma dentro da prosa contemporânea, estudos estes que trazem também as primeiras delimitações do que seria o miniconto, distinguindo, de imediato, microtexto de miniconto. Os microtextos seriam todas aquelas formas nas quais a característica principal é a brevidade, como o haicai, poesias breves ou narrativas que não congreguem os traços distintivos do conto (Lagmanovich, 2003).
O que aparentemente é uma distinção segura, microtexto/miniconto, torna-se problemática a partir da aproximação com nosso objeto de estudo, o livro Os cem menores contos brasileiros do século (Freire, 2004), uma radicalização enriquecedora de Marcelino Freire, que propôs a cinquenta autores enviarem narrativas com até cinquenta letras. Os textos, apesar de serem chamados de “contos”, por vezes sequer apresentavam personagem e ação, elementos fundamentais para a narrativa, modo onde se inscreve o conto. A mesma impressão surge com a leitura de Ah, é? (Trevisan, 1994), livro de Dalton Trevisan considerado pioneiro desta estética não batizada. À época, o livro foi chamado de um livro de “haicais” pelo próprio autor, termo respaldado pela crítica (Waldman, 1994), ainda que os textos de Trevisan não guardassem nenhuma relação temática com o gênero japonês e nem se apresentassem em versos. É interessante notar que dois anos mais tarde o termo haicai voltaria na orelha de um livro de contos de Minas Gerais, intitulado Contos contidos (Simões, 1996), definido por Affonso Romano de Santanna como uma revitalização do Hai-Kai, em prosa moderna.
Pode-se dizer, então, que de Ah, é?, de 1994, até Os cem menores contos brasileiros do século, de 2004, houve um grande aumento na publicação de “microtextos”, e não necessariamente de “minicontos”. Esse crescimento não foi exclusivo do Brasil, e em outros países a denominação não ficou atrelada ao conceito teórico de “conto”: nos países de língua espanhola tem prevalecido o termo “microrelato” e, em países de língua inglesa, o termo “microfiction” (Lagmanovich, 2003).
Note-se que a novidade não é a brevidade dos textos. Na poesia “a velocidade da comunicação e do fluxo de informações praticamente baniu a possibilidade de poemas longos ou com vocação épica obterem eco ou adquirirem relevância junto ao público leitor” (Moriconi, 2001, p. 22). A novidade é uma transformação do miniconto em uma forma bastante diferente dele, mas também do haicai, uma mescla de elementos líricos e narrativos condensados por vezes numa única frase.
Para ilustrar essa produção escolhemos quatro textos publicados em obras e anos diferentes:
(texto 1)
“A velha insônia tossiu três da manhã” (Trevisan, 1994, p. 76).
(texto 2)
“Carrossel Montada nos cavalinhos descia e subia ao mesmo tempo em que girava ao compasso da música. E presa ao carrossel viajava ao longínquo país da infância” (Simões, 1996, p. 55).
(texto 3)
“ASSIM:
Ele jurou amor eterno.
E me encheu de filhos.
E sumiu por aí” (Rufato, 2004, p. 52).
(texto 4)
“A lua não está sorrindo para ti e nem as estrelas choram por tua causa. Bebeste um pouco demais, meu filho, e perdeste o último bonde” (Wolff, 2005, p. 214).
Como se percebe num primeiro olhar, os textos são de uma concisão até alguns anos atrás impensável para o modo narrativo – de sete a vinte e seis palavras –, mas trazem em seu bojo, além da escrita em prosa, elementos vitais para a narrativa, como personagem, espaço, ação e sucessão. Por outro lado, os textos se aproximam muito da poesia modernista concisa e muitas vezes narrativa (lembre-se de “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, 2005) e do chamado poema em prosa, em que o lirismo é ainda sua essência (Placer, 1968).
Dessa forma, não estamos simplesmente diante de um impasse de gênero, como costuma ocorrer com alguma freqüência nos estudos literários contemporâneos, mas diante de um impasse do que Aristóteles chama de modo.
Emil Staiger já debruçara-se sobre a divisão tripartida aristotélica para propor uma nova poética, diferenciando os substantivos Épica, Lírica e Drama dos adjetivos lírico, épico e dramático: “os substantivos são usados em geral como terminologia para o ramo a que pertence uma obra poética considerada, globalmente, segundo características formais determinadas, (...) diferente da conotação dos adjetivos” (Staiger, 1997, p. 185). Carlos Reis também baseia sua exposição acerca dos gêneros afirmando que os modos narrativo, dramático e lírico são os modos fundacionais da literatura (Reis, 2003, p. 239). Ambos reforçam a impossibilidade de pureza destes modos, mas não se furtam a propor algumas características que ajudariam na busca por uma definição do que seja narrativo/épico e lírico.
Staiger sintetiza a subdivisão da poesia em duas “contradições”: primeiro, a poesia lírica é uma poesia subjetiva, enquanto a épica é uma poesia objetiva; segundo, o autor épico apresenta o mundo exterior, enquanto o lírico apresenta seu mundo interior (Staiger, 1997, p. 57). Reis concorda com a oposição objetividade/subjetividade e exteriorização/interiorização e acrescenta que, do ponto de vista semântico e técnico-compositivo, os textos líricos regem-se pelo princípio da motivação enquanto os narrativos instauram uma dinâmica de sucessividade (Reis, 2003, p. 314; 347).
Desta forma, simplificando as propriedades apontadas por um e outro, temos, de um lado, a narrativa como um processo de exteriorização, objetividade e sucessividade e, de outro, a lírica como um processo de interiorização, subjetividade e motivação semântica. Aplicando estas propriedades em textos como os quatro escolhidos para este estudo, notaremos a impossibilidade de os definirmos com segurança com o substantivo Épico (aqui ampliado para Narrativo) ou Lírico.
Começa por quem fala no texto. Se entendermos que o sujeito que fala nos textos é um narrador, teremos dificuldades nos textos 1 e 2 para identificarmos um narrador em primeira ou terceira pessoa, enquanto no 3 ele está em primeira e, no 4, em terceira pessoa. Por outro lado, se procurarmos por um sujeito poético e não um narrador, o encontraremos nos quatro textos, ainda que no quarto este sujeito se refira a um terceiro. Por outro lado, essa aparente presença de um sujeito poético não vem aliada ao processo de interiorização da lírica, pois os verbos em todos os textos indicam uma ação exterior: 1) tossir; 2) descer/subir; 3) jurar/encher/sumir; 4) beber/perder.
Igualmente difícil é identificarmos o modo dos textos a partir da sua objetividade ou subjetividade. Admitindo que “objetivo significa algo imparcial e real e por isso de validade universal” (Staiger, 1997, p. 57), a metáfora é por excelência subjetiva, e pelo menos três textos se constroem a partir de metáforas: 1) a insônia não tosse, objetivamente; 2) a personagem não viajava para a infância, objetivamente; 4) a lua não sorri e nem as estrelas choram, objetivamente. Apenas no texto 3 pode-se considerar que os termos “jurar amor”, “encher de filhos” e “sumir por aí” são construções razoavelmente objetivas.
A esta altura, ao concluir que os sujeitos podem ser vistos como sujeitos poéticos e que a subjetividade está no cerne dos textos, tendemos a classificar os microtextos como Lírico e não como Narrativo. Mas não podemos desprezar a sucessividade, característica lembrada por Reis e que está no centro da definição de Claude Bremond, um dos maiores estudiosos da narratologia, para o que seja narrativa: “toda narrativa consiste em um discurso integrando uma sucessão de acontecimento de interesse humano na unidade de uma mesma ação” (Bremond, 1973, p. 113-114). Nos textos 2, 3 e 4, as ações ocorrem uma em decorrência da outra, marcando a integração e a sucessividade destas. Os textos, assim, narram uma ação. Apenas no texto 1 a segunda ação não está explícita; precisará o leitor imaginar um velho ou uma velha tentando dormir e novamente não conseguindo por causa da insônia.
Chegamos então diante de um impasse e seguir adiante significará dar voltas em torno do objeto. Decidir-se entre os substantivos Lírico ou Narrativo será mais uma imposição do que uma clara solução do problema. Recorramos, então, às brechas.
Staiger, já nas primeiras páginas de sua Poética, afirma que em parte alguma uma obra seja puramente lírica, épica ou dramática e antecipa a conclusão “de que qualquer obra autêntica participa em diferentes graus e modos dos três gêneros literários, e de que essa diferença vai explicar a grande multiplicidade de tipos já realizados historicamente” (Staiger, 1997, p. 15).
Genette, ainda que em outro contexto, opondo narração e discurso, pondera que “definir positivamente a narrativa é acreditar, talvez perigosamente, na idéia ou no sentimento de que a narrativa é evidente”, quando na verdade “a narrativa se define, se constitui em face das diversas formas não narrativas” (Genette, 1973, p. 255-6).
Carlos Reis, finalmente, trará o termo hibridismo para este estudo ao afirmar que:
A condição modal não anula a possibilidade de interferências ou contaminações, quase sempre insuficientes, contudo, para porem em causa uma determinada tendência marcante, de feição lírica, narrativa ou dramática. Pelo menos no contexto da tradição cultural do Ocidente, essa tendência modal é observável na esmagadora maioria dos textos literários, se excetuarmos casos híbridos ou de transição (Reis, 2003, p. 241-2).
Parece razoável, portanto, entendermos os textos deste estudo como a “exceção” de Reis, um caso de hibridismo formal entre a lírica e a narrativa. Diferentemente do haicai e do miniconto, a força destes textos está exatamente nesse hibridismo formal, utilizando aspectos de um e outro para obter um resultado estético.
No texto 1, de Dalton Trevisan, a frase solta e sem título confunde-se com um verso, mas a construção em ordem clássica, sujeito-verbo-predicado, opõe-se à figura metafórica da insônia tossir, sugerindo que a “velha insônia” seja na verdade um “velho insone”, e dando a partir daí elementos para que o leitor contemporâneo forneça, com a ajuda de sua memória literária, os demais elementos para completar os vazios do esquema narrativo.
O texto 2, “Carrossel”, de Maria Lúcia Simões, não estivesse num livro intitulado Contos Contidos, em prosa e ao lado de outros textos mais objetivos e mais próximos a um conto, poderia muito bem ser lido como Lírico. Suas imagens, sua temática e seus recursos poéticos (como a assonância da sibilar) sugerem um processo lírico indissociável da poesia, ainda que os verbos claramente indiquem uma ação e a ordem das frases, uma sucessão.
O texto 3, “Assim”, de Luiz Rufato, é o mais próximo a um conceito tradicional de narrativa, pois consegue, em treze palavras, sugerir todo o drama da narradora, uma mulher sozinha, desiludida e cheia de filhos para criar. Assim como Trevisan, Rufato deixa diversas lacunas para o leitor preencher, mas aqui cada termo indica o caminho que o leitor deve tomar para completar os vazios do esquema narrativo sem fugir da significação proposta. Por outro lado, esta necessidade de cada palavra do texto de Rufato é própria da lírica, onde “cada palavra ou mesmo cada sílaba é insubstituível e imprescindível, (...) [o] que dificulta ou mesmo impossibilita a tradução em línguas estrangeiras” (Staiger, 1997, p. 22).
No texto 4, também sem título, de Fausto Wolff (2005), a mescla proposital de lirismo e narrativa sintetiza toda a obra em que ela se insere, A milésima segunda noite, composta de mil e um fragmentos ora classificáveis como narrativas, ora como discursos, ora como líricas. No que tange a este texto, tivesse o autor suprimido a segunda frase e estaríamos diante de uma efusão lírica, talvez ruim, talvez corriqueira, mas ainda uma efusão lírica: “a lua não está sorrindo para ti e nem as estrelas choram por tua causa”. Por outro lado, suprimíssemos a segunda frase e estaríamos diante de uma narrativa, também corriqueira, mas ainda uma narrativa: “bebeste um pouco demais, meu filho, e perdeste o último bonde”. É a mescla do lírico com o narrativo, da lua sorrindo com o filho bebendo, das estrelas com o bonde que criam a antítese necessária para a poesia e o cenário essencial para a narrativa.
Parece evidente que novos estudos devam ser feitos a partir destas micronarrativas, mas seria importante que se encarasse o contemporâneo e o desconhecido e se buscasse novos termos para substituir os insuficiente (para este caso) termos haicai e miniconto. Entender o lírico, o épico e o dramático como adjetivos, e não como substantivos estanques, já é uma forma de rejeitar os rótulos, mas não esgota a complexidade dos textos. Chamá-los de microtextos tampouco compreende a variedade de possibilidades e a novidade desta produção. A solução seria vê-los como híbridos, genuinamente híbridos, e não como um texto Narrativo de matiz lírica, ou Lírico de matiz narrativa, pois só o híbrido é ao mesmo tempo um e outro consentindo que em alguns momentos se manifeste mais um ou outro, extraindo daí sua singularidade e beleza.
Disponível em < http://www.entrelinhas.unisinos.br >
8. Atividade
Alguns minicontos podem ser compartilhados em diferentes grupos.
(texto 1)
“A velha insônia tossiu três da manhã” (Trevisan, 1994, p. 76).
(texto 2)
“Carrossel Montada nos cavalinhos descia e subia ao mesmo tempo em que girava ao compasso da música. E presa ao carrossel viajava ao longínquo país da infância” (Simões, 1996, p. 55).
(texto 3)
“ASSIM:
Ele jurou amor eterno.
E me encheu de filhos.
E sumiu por aí” (Rufato, 2004, p. 52).
(texto 4)
“A lua não está sorrindo para ti e nem as estrelas choram por tua causa. Bebeste um pouco demais, meu filho, e perdeste o último bonde” (Wolff, 2005, p. 214).
( Texto 05 )
@minicontos
Brazil
Deram a alguns insanos 26 letras e 114 espaços. Confira a indigestão literária que um banquete de minicontos pode provocar.
( Texto 06)
MINICONTOS COTIDIANOS
OS FATOS SE SUCEDEM E AS TESTEMUNHAS NEM SEMPRE SÃO VISTAS. O QUE ACONTECERIA SE SEMPRE HOUVESSE ALGUÉM LÁ? EM 300 CARACTERES ALGUÉM PODE CONTAR.
Questões :
1. Do que tratam os títulos dos minicontos apresentados na seleção?
2. É possível identificar no miniconto os elementos da narrativa? Indique-os.
3. É possível afirmar que o miniconto é um texto narrativo? Comente.
4. Quais situações é possível inferir a partir da leitura desses minicontos?
5. A ironia é um recurso presente em alguns textos? Comente.
6. Para concluir, a partir do trabalho com os miniconto, como você definiria o gênero? Para responder, reflita, a partir da composição temática e estrutural dos minicontos expostos e do texto-base, apreciado no seminário.
9. Produção de texto
Compreendido o miniconto enquanto gênero discursivo, os alunos serão desafiados a produzirem um miniconto. Considerando a estrutura das micronarrativas, a brevidade em que são apresentadas, é possível relacionar os textos literários em evidência, de forma que o papel do narrador, ao apresentar os fatos, construindo efeitos de ficção e de fatualidade, denota o embricamento do gênero miniconto com outros modos, além da narrativa. Seguindo a linha do pensamento crítico, observo a relação das competências envolvidas em estruturas que , de acordo com os padrões lexicais e sintáticos, enumeram-se em frases completas, com ações de personagens quase sempre não nomeados, mas envoltos a um enredo, que permite a objetividade dos fatos narrados e a subjetividade do lirismo presente nos minicontos.
O gênero miniconto situa-se no lugar da tradição. O que o torna diferente, contudo, é o formato mínimo em que é construído. Suas formas lógicas de causa e efeito parecem bem definidas. O real é perceptível a partir da visão objetiva ou subjetiva de que temos, quando percebemos os fatos e as personagens em cada miniconto.
Consideram-se ainda, os valores que podem ser discutidos quanto ao fatos e ao valor verdade que encerram na micronarrativa. Em especial, ao ler os minicontos da autora Lygia Fagundes Telles, que me pareceram mais satisfatórios aos olhos dos discentes, em 2010, pude inferir que os minicontos têm alma, são poéticos e polêmicos. Estão presos à condição humana do homem, da mulher, da criança, fazendo parte dos sentimentos que os acompanham ao longo da vida. Na perspectiva temporal, o miniconto também traz o aspecto da memória, resgatando o passado através dos verbos no pretérito, das analogias e do uso do pronome relativo “que” em muitas linhas dos pequenos contos.
Há ainda, em pequenos diálogos, como no que o narrador personifica o mar, diante do locutor-confesso, que busca uma resposta-conselho e ao que se percebe, na ambiguidade do verbo “ nada “ com que fecha o texto, não há resposta, talvez uma lacuna, efeito do fator indeterminado na narrativa de curta duração.
Há quem utilize o formato dos minicontos para o teatro ou para o stand-up. Redes sociais como o Twitter, também já estão limitadas a poucas letras, poucos caracteres. Seguindo o twitter do escritor Millôr Fernandes, leio diariamente, um miniconto sobre o Rio, em que ele se apelida guru do Méier, revendo as falcatruas políticas, abrindo espaço para narrar, em poucas linhas ( caracteres ) histórias curtas da sua cidade e do próprio país, incluindo os profissionais cariocas, que se mexem em dias com muita chuva. Sobressai a comparação daquilo que ele produz com efeito na mídia e com os mesmos textos curtos, considerados microcontos, organizados em grandes obras.
Texto 01
''Por que não lhe disse antes? Apertá-lo demoradamente contra o meu peito e dizer. Não disse porque pensava que tinha pela frente a eternidade.''
''A Disciplina do Amor'
Texto 02
''Tinha lá em casa uma estatueta com um anjo nu fervendo de desejo apesar do mármore, todo inclinado para a amada seminua, chegava a enlaçá-la. Mas as bocas estavam a um milímetro do beijo, um pouco mais que ele baixasse... A aflição que me dava aquelas bocas entreabertas, sem poder se juntar.''
''Lua Crescente em Amsterdã''
Texto 03
Confissão
(Lygia Fagundes Telles)
- Fui me confessar ao mar.
- E o que ele disse?
- Nada.
Professora Marília Mendes. Disponível em < http://ww.lilamendes.blogspot.com>
10. Parâmetros para a construção do texto
*Os alunos podem criar minicontos, em forma de notícia, seguindo o modo enunciativo ou usando a entrevista como investimento subjetivo;
*através da descrição, há a possibilidade de assumir o papel de sujeito enunciador;
*formar tramas, induzindo a causalidades;
*avaliar de forma ética, pragmática e estética os argumentos possíveis diante dos valores que podem ser discutidos a partir da diversidade dos temas nas micronarrativas.
11. Fontes bibliográficas disponível para os discentes:
https://twitter.com/#!/minicontos
http://www.miniconto.blogspot.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miniconto
http://minicontos.blogspot.com/
6. Para concluir, a partir do trabalho com os miniconto, como você definiria o gênero? Para responder, reflita, a partir da composição temática e estrutural dos minicontos expostos e do texto-base, apreciado no seminário.
9. Produção de texto
Compreendido o miniconto enquanto gênero discursivo, os alunos serão desafiados a produzirem um miniconto. Considerando a estrutura das micronarrativas, a brevidade em que são apresentadas, é possível relacionar os textos literários em evidência, de forma que o papel do narrador, ao apresentar os fatos, construindo efeitos de ficção e de fatualidade, denota o embricamento do gênero miniconto com outros modos, além da narrativa. Seguindo a linha do pensamento crítico, observo a relação das competências envolvidas em estruturas que , de acordo com os padrões lexicais e sintáticos, enumeram-se em frases completas, com ações de personagens quase sempre não nomeados, mas envoltos a um enredo, que permite a objetividade dos fatos narrados e a subjetividade do lirismo presente nos minicontos.
O gênero miniconto situa-se no lugar da tradição. O que o torna diferente, contudo, é o formato mínimo em que é construído. Suas formas lógicas de causa e efeito parecem bem definidas. O real é perceptível a partir da visão objetiva ou subjetiva de que temos, quando percebemos os fatos e as personagens em cada miniconto.
Consideram-se ainda, os valores que podem ser discutidos quanto ao fatos e ao valor verdade que encerram na micronarrativa. Em especial, ao ler os minicontos da autora Lygia Fagundes Telles, que me pareceram mais satisfatórios aos olhos dos discentes, em 2010, pude inferir que os minicontos têm alma, são poéticos e polêmicos. Estão presos à condição humana do homem, da mulher, da criança, fazendo parte dos sentimentos que os acompanham ao longo da vida. Na perspectiva temporal, o miniconto também traz o aspecto da memória, resgatando o passado através dos verbos no pretérito, das analogias e do uso do pronome relativo “que” em muitas linhas dos pequenos contos.
Há ainda, em pequenos diálogos, como no que o narrador personifica o mar, diante do locutor-confesso, que busca uma resposta-conselho e ao que se percebe, na ambiguidade do verbo “ nada “ com que fecha o texto, não há resposta, talvez uma lacuna, efeito do fator indeterminado na narrativa de curta duração.
Há quem utilize o formato dos minicontos para o teatro ou para o stand-up. Redes sociais como o Twitter, também já estão limitadas a poucas letras, poucos caracteres. Seguindo o twitter do escritor Millôr Fernandes, leio diariamente, um miniconto sobre o Rio, em que ele se apelida guru do Méier, revendo as falcatruas políticas, abrindo espaço para narrar, em poucas linhas ( caracteres ) histórias curtas da sua cidade e do próprio país, incluindo os profissionais cariocas, que se mexem em dias com muita chuva. Sobressai a comparação daquilo que ele produz com efeito na mídia e com os mesmos textos curtos, considerados microcontos, organizados em grandes obras.
Texto 01
''Por que não lhe disse antes? Apertá-lo demoradamente contra o meu peito e dizer. Não disse porque pensava que tinha pela frente a eternidade.''
''A Disciplina do Amor'
Texto 02
''Tinha lá em casa uma estatueta com um anjo nu fervendo de desejo apesar do mármore, todo inclinado para a amada seminua, chegava a enlaçá-la. Mas as bocas estavam a um milímetro do beijo, um pouco mais que ele baixasse... A aflição que me dava aquelas bocas entreabertas, sem poder se juntar.''
''Lua Crescente em Amsterdã''
Texto 03
Confissão
(Lygia Fagundes Telles)
- Fui me confessar ao mar.
- E o que ele disse?
- Nada.
Professora Marília Mendes. Disponível em < http://ww.lilamendes.blogspot.com>
10. Parâmetros para a construção do texto
*Os alunos podem criar minicontos, em forma de notícia, seguindo o modo enunciativo ou usando a entrevista como investimento subjetivo;
*através da descrição, há a possibilidade de assumir o papel de sujeito enunciador;
*formar tramas, induzindo a causalidades;
*avaliar de forma ética, pragmática e estética os argumentos possíveis diante dos valores que podem ser discutidos a partir da diversidade dos temas nas micronarrativas.
11. Fontes bibliográficas disponível para os discentes:
https://twitter.com/#!/minicontos
http://www.miniconto.blogspot.com/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miniconto
http://minicontos.blogspot.com/
COLÉGIO OBJETIVO DE BRASÍLIA ( ASA SUL )
V. A CRÔNICA ARGUMENTATIVA
A crônica e as
técnicas argumentativas no texto dissertativo
01.
CARACTERÍSTICAS DA CRÔNICA ARGUMENTATIVA
- texto curto
- poucos personagens
- Tempo e espaço limitados
- presença de humor mesclado ao toque de ironia
- caráter discursivo em torno de uma realidade social, política ou cultural
- realidade verbalizada em forma de protesto ou de argumentação com o intento de criticar as mazelas advindas da esfera social
- temas voltados para o cotidiano
- linguagem que apresenta apelo persuasivo
- comunica através da emoção e não da razão pelo seu caráter de afetividade
- estrutura em forma de diálogo ou monodiálogo
- estilo espontâneo e direto
- emprego da primeira ou terceira pessoa, enfoque na pessoalidade do cronista
- Mescla dos discursos ( direto , indireto , indireto livre )
- exploração de um cero lirismo reflexivo ( nostalgia, reconhecimento da passagem do tempo ) como na crônica de Carlos Eduardo Novaes
- o tempo psicológico é o tempo interior do cronista
- Tom casual e descomprometido
- intertextualidade entre o texto literário e o jornalístico
- estratégias discursivas ( ironia e sátira ) Função da sátira é dizer a verdade brincando, enquanto a ironia é uma estratégia do discurso que condiz com a polêmica e com a contestação, o que leva o leitor à reflexão das ideias apresentadas. A ironia exige marcadores como a ambiguidade, a relação entre opostos, evidenciando
- utilização de figuras de linguagem( hipérboles, antíteses, metáforas) ,trocadilhos, provérbios, muitas vezes com algumas alterações marcadas pelo cronista
- Referência de um mal moral que reflete a visão da modernidade
- discurso marcado muitas vezes, por agressividade ou indignação
- Leitura da crônica A informação veste o hoje e o amanhã , de Carlos Eduardo Novaes.
A informação veste hoje o homem de amanhã
Lembro que aprendi a ler com quadrinhos, uma edição antiga do Mickey chegou as minhas mãos e eu ficava ali por horas, desvendando cada balão, cada palavra .A magia das palavras invadiam minha mente e faziam-me sonhar. Com o tempo veio a literatura infanto juvenil, e a fantástica serie para gostar de ler, publicada pela editora ártica. Serie esta que da nome a nossa nova seção do mural.
A série é fascinante e com ela descobri o prazer da leitura. Foi com ela que conheci o genial Carlos Eduardo Novaes, e sua forma singular de transforma palavras e textos em momentos de puro prazer. Como ele aprendi a delicadeza da poesia, a intensidade e densidade do romance, a magia do conto, e o sabor inigualável da variedade da crônica. Ler é mergulhar em um universo particular de sabor singular.
Neste espaço quero compartilhar com vocês partículas de universo, pedaços saborosos deste universo literário, o nosso desejo é que você possa se deliciar com elas, e que possa desperta naqueles que ainda desconhecem este universo o doce prazer de ler.
"Pélê tinha razão ao pedir
pelos microfones – no dia em que marcou seu milésimo gol – que
se cuidasse mais das criancinhas. Realmente é necessário mais
cuidado com elas. Eu conheço muita criancinha que já nada lendo a
Playboy.
Não, meus caros, as criancinhas não mais aquelas. Estão perdendo rapidamente a infância. E a prosseguir nesse ritmo, daqui a pouco com cinco anos já serão adolescente. Há pouco tempo, remexendo o passado, dei de cara com um pião, velho companheiro de brincadeiras de rua. Sem saber o que fazer com ele resolvi dar de presente para o filho do porteiro. O garoto pegou-o, examinando-o sem muita animação e me perguntou insensível:
- O que é isso?
Seu pai que se aproximava respondeu: um pião. E esquecendo-se por um momento de suas funções na portaria apanhou o brinquedo, agachou-se e numa animação quase infantil ficou tentando solta-lo. O filho, em pé, olhou-o fixo, virou-se para mim e assumindo um ar critico comentou:
- Olha ai – disse apontando para o pai abaixado- parece um débil mental.
Segundo educadores, as mudanças decorrem do fato de as crianças da década crescerem muito bem informadinhas. Um jornal publicou uma matéria baseada em pesquisa realizada entre crianças de 3 a 15 anos ( se é que hoje ainda se pode chamar um cidadão de 15 anos de criança) cujo titulo era: “ Como se esta fazendo o homem de amanhã”. Eu particularmente creio que o homem do amanhã continua sendo feito com os mesmos ingredientes com que se fazia o homem de ontem, ou seja: um homem e uma mulher, que devem ser temperados com uma pitada de amor antes de levados ao forno. Mas não é isso que interessa. Num determinado trecho, a reportagem dizia: “O menino André Luiz, de quatro anos, viu pela TV a chegada do homem a lua. Achou o fato natural, pois estava informado sobre os preparativos e podia descrever perfeitamente o módulo lunar. Sabia de cor o nome dos astronautas e discutia sobre as possibilidades de o homem chegar a marte”. Os senhores estão sentido o drama? André Luiz sabia mais sobre o espaço do que qualquer datilografo da NASA.
A pesquisa revela também que que as novas crianças preferem novelas e outros tipos de programa aos feitos especialmente para classe. Outro dia fui a casa do vizinho pedi gelo, e ao chegar assisti a maior discussão entre ele e o filho de cinco anos diante da televisão. Meu vizinho querendo ver desenhos animados e seu filho interessado no National Geograofich.
Antigamente os campos eram bem definidos: as crianças de um lado e os adultos do outro. Agora não há mais fronteiras. As crianças invadiram e tomam de assalto mundo dos adultos. Eu me lembro do dia em que, com quatro ou cinco anos , meu pai
me levou ao Jóquei Clube. Paramos ali junto ao padoque e pela primeira vez vi um cavalo de perto. Excitado com a novidade, depois de um esfoço – se vocês me permitem: cavalar - , o maximo que consegui perguntar ao meu pai era o que o cavalo comia. Pois bem, ontem voltei com meu sobrinho de seis anos ao hipódromo. Recostamos no padoque perto de um cavalo castanho e eu me recordei da cena com o meu pai. Imaginando que o garoto poderia me fazer a mesma pergunta, antecipei-me com um certo orgulho e fui logo lhe informando que “ o cavalo come aveia, alfafa e cenoura”. Quando acabei de falar, o menino me lançou um olhar enfastiado e disse:
- o que o cavalo come eu já sei, tio. Agora estou interessado em saber é quanto ela vai pagar na ponta.
Carlos Eduardo Novaes
Não, meus caros, as criancinhas não mais aquelas. Estão perdendo rapidamente a infância. E a prosseguir nesse ritmo, daqui a pouco com cinco anos já serão adolescente. Há pouco tempo, remexendo o passado, dei de cara com um pião, velho companheiro de brincadeiras de rua. Sem saber o que fazer com ele resolvi dar de presente para o filho do porteiro. O garoto pegou-o, examinando-o sem muita animação e me perguntou insensível:
- O que é isso?
Seu pai que se aproximava respondeu: um pião. E esquecendo-se por um momento de suas funções na portaria apanhou o brinquedo, agachou-se e numa animação quase infantil ficou tentando solta-lo. O filho, em pé, olhou-o fixo, virou-se para mim e assumindo um ar critico comentou:
- Olha ai – disse apontando para o pai abaixado- parece um débil mental.
Segundo educadores, as mudanças decorrem do fato de as crianças da década crescerem muito bem informadinhas. Um jornal publicou uma matéria baseada em pesquisa realizada entre crianças de 3 a 15 anos ( se é que hoje ainda se pode chamar um cidadão de 15 anos de criança) cujo titulo era: “ Como se esta fazendo o homem de amanhã”. Eu particularmente creio que o homem do amanhã continua sendo feito com os mesmos ingredientes com que se fazia o homem de ontem, ou seja: um homem e uma mulher, que devem ser temperados com uma pitada de amor antes de levados ao forno. Mas não é isso que interessa. Num determinado trecho, a reportagem dizia: “O menino André Luiz, de quatro anos, viu pela TV a chegada do homem a lua. Achou o fato natural, pois estava informado sobre os preparativos e podia descrever perfeitamente o módulo lunar. Sabia de cor o nome dos astronautas e discutia sobre as possibilidades de o homem chegar a marte”. Os senhores estão sentido o drama? André Luiz sabia mais sobre o espaço do que qualquer datilografo da NASA.
A pesquisa revela também que que as novas crianças preferem novelas e outros tipos de programa aos feitos especialmente para classe. Outro dia fui a casa do vizinho pedi gelo, e ao chegar assisti a maior discussão entre ele e o filho de cinco anos diante da televisão. Meu vizinho querendo ver desenhos animados e seu filho interessado no National Geograofich.
Antigamente os campos eram bem definidos: as crianças de um lado e os adultos do outro. Agora não há mais fronteiras. As crianças invadiram e tomam de assalto mundo dos adultos. Eu me lembro do dia em que, com quatro ou cinco anos , meu pai
me levou ao Jóquei Clube. Paramos ali junto ao padoque e pela primeira vez vi um cavalo de perto. Excitado com a novidade, depois de um esfoço – se vocês me permitem: cavalar - , o maximo que consegui perguntar ao meu pai era o que o cavalo comia. Pois bem, ontem voltei com meu sobrinho de seis anos ao hipódromo. Recostamos no padoque perto de um cavalo castanho e eu me recordei da cena com o meu pai. Imaginando que o garoto poderia me fazer a mesma pergunta, antecipei-me com um certo orgulho e fui logo lhe informando que “ o cavalo come aveia, alfafa e cenoura”. Quando acabei de falar, o menino me lançou um olhar enfastiado e disse:
- o que o cavalo come eu já sei, tio. Agora estou interessado em saber é quanto ela vai pagar na ponta.
Carlos Eduardo Novaes
- O estudo da crônica
- Os fatos do cotidiano servem de material para o cronista escrever sua crônica
- A defesa do ponto de vista ( ideia principal ) está presente na frase “ Realmente é necessário mais cuidado com elas. Eu conheço muita criancinha que já nada lendo a Playboy.”
- Situações que comprovam a ideia principalNo prédio- No jornal- No vizinho
- Partes da crônica : Ideia principal/desenvolvimento/conclusão
- Linguagem empregada : subjetiva
- Variedade linguística padrão
- Atividade
A
partir da leitura da crônica A
informação veste hoje o homem de amanhã e
do cartum apresentado, relacione argumentos em uma nova crônica,
apresentando sua visão pessoal acerca do tema A
inocência perdida.