14 setembro 2014

O que achou do título do texto de hoje? Que tal escrever homem, hora, hoje e história sem “H”? E aquilo, quero e queijo sem a letra “U”
Uma frase poderia ficar assim: “Oje, aqele qeijo qe o omem vende estava ezuberante!”
Qual a sua opinião sobre essa ortografia?
Uma comissão técnica do Senado Federal, composta por professores como Pasquale Cipro Neto e Ernani Pimentel, está estudando uma nova reforma ortográfica da Língua Portuguesa. Segundo Júlio Ricardo Linhares, secretário da comissão no Senado, o objetivo do grupo é simplificar e aperfeiçoar a nossa língua. Entenda o que mudaria:
1. Deixa-se de escrever o “h” no início das palavras porque ele não é pronunciado. Exemplos: omem, oje, ora, istoria etc
2. Deixa-se de escrever o “u” porque não é pronunciado. Exemplos: qeijo, qero, aqilo, leqe etc.
3. Somente a letra “x” poderia representar esse som. Exemplos: xá, flexa, maxo, caxo etc.
4. Somente a letra “z” seria usada para representar o som de Za, Ze, Zi, Zo, Zu. Exemplos: bluza, analizar, ezuberante, ezemplo etc.
5. Os encontros “ss”, “ç”, “sç”, “xç” e “xc” seriam eliminados. O som de “s” seria, então, representado apenas pela letra “S”. A atual forma exceção, por exemplo, seria substituída por “eseção”.
E aí? Gostou ou não das propostas? O que você pensa sobre as mudanças? No próximo texto, vou trazer a opinião de diversos professores e especialistas da área e, também, de membros dessa comissão no Senado Federal.

 
A opinião da professora Stella Maris
Parece que no Senado Federal retomaram as discussões sobre uma nova reforma ortográfica mais radical . Quero deixar claro que sou totalmente contra qualquer nova reforma ortográfica. Acho isso um despropósito. O importante é alfabetizarmos os brasileiros e isso se faz com boas escolas e não por um passe de mágica, "simplificando " a ortografia. Se você também acha isso um despropósito, diga isso ao senador de seu estado.
Disponível em <https://www.facebook.com/stellamaris.bortoni?fref=ts>Acesso em 24/08/2014.

Esclarecimento sobre o Acordo Ortográfico
Em resposta à demanda de professores de português, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprovou, no dia 1º de outubro de 2013, a criação de um Grupo de Trabalho destinado a propor a unificação ortográfica da Língua Portuguesa, conforme Acordo já firmado em 1990. Esse Acordo entraria em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2013, mas o início da vigência foi adiado para janeiro de 2016, por decreto da presidente Dilma Rousseff. A unificação em questão terá que ser feita em comum entendimento com os demais países. Portanto, não há nada que senadores, a Comissão de Educação e até mesmo o Brasil possa fazer unilateralmente.
Recentes notícias de que estaríamos a ponto de reformular a ortografia da Língua Portuguesa não procedem.
Senador Cyro Miranda (PSDB-GO)- Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte-Brasília, 18 de agosto de 2014.