Na
3ª fase do modernismo, o grande destaque na prosa, revelado na
tendência regionalista, surge em Minas Gerais.
A
condição humana é um dos temas presentes na obra de Guimarães Rosa, surpreendendo pela
capacidade de recriação da própria linguagem.O mundo rural torna-se o
palco para todos os dizeres.São muitas as aliterações, as
onomatopeias, metonímias e metáforas que compõem a linguagem de Guimarães Rosa em narrativas intrigantes.
A linguagem articulada de Guimarães Rosa, junto à prosa de Clarice Lispector, trouxeram à linguagem de ficção novas variações para a fase modernista.
De
um lado, os personagens saindo do seu mundinho fechado e tipicamente rural, para a
corajosa experiência urbana, como é o caso de Miguilim,
sensível, empenhado, mas angustiado pela moralidade que herdou de Mutum. Do
outro, as formações híbridas de Sagarana, reunindo de "Saga"( alemão ), o canto
heroico e de "ana"(indígena), uma maneira de, em nove contos ,
centralizados nas Minas Gerais, no sertão e na narrativa estruturada por personagens como os
jagunços, fazer surgir uma linguagem ousada e bem típica da hospitalidade mineira, uma terra de afetividade resumida.
"êssezinho,êssezim,salsim,ossoso,vivoso,maravilhal,deslei,desfalar,refrio,pouquim,levantante..."
Apenas
alguns vocábulos que Guimarães Rosa registrou e que ninguém mais que
ele, conseguiu (re)inventar com tanta originalidade. A linguagem roseana que permite todas as criações neológicas no Modernismo.
Fica um convite ao aprofundamento das ideias e o desejo de sucesso nesta etapa que se inicia para os alunos do colégio Objetivo, Asa sul.
Beijo da Marília