QUESTÃO
01
Diferenças
no espaço
Há
também uma série de palavras e construções usadas no Brasil e
que, muitas vezes, se consideram erradas e caipiras, mas são
exemplos da linguagem mais "correta" do passado. Castilho
diz que construções recentemente ouvidas em Cuiabá, como "filha
meu não casa", eram utilizadas pelos colonizadores. E quando
alguém diz "frecha" e "ingrês" (no lugar de
flecha e inglês), acredite, está roçando na língua de Camões!
Ouvir algo que soa estranho é comum em um país com tantas diferenças. Ao falar sobre transformações na linguagem, Maria José de Nóbrega, formadora de professores e elaboradora dos Parâmetros Curriculares Nacionais de 5a a 8a série, resume: "As línguas não mudam apenas no tempo, mas também variam no espaço". Ao estudar variações de origem socioeconômica, gênero, faixa etária, nível de escolaridade e região, é possível perceber esse dinamismo.
Ouvir algo que soa estranho é comum em um país com tantas diferenças. Ao falar sobre transformações na linguagem, Maria José de Nóbrega, formadora de professores e elaboradora dos Parâmetros Curriculares Nacionais de 5a a 8a série, resume: "As línguas não mudam apenas no tempo, mas também variam no espaço". Ao estudar variações de origem socioeconômica, gênero, faixa etária, nível de escolaridade e região, é possível perceber esse dinamismo.
Cada
grupo social é capaz de modificar o falar e o escrever, mas em
geral, a população mais jovem é disparadora das mudanças. Maria
José afirma que faz parte do papel da juventude se diferenciar,
romper padrões e testar novidades. Professor de 8a série da Escola
Internacional de Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo, José
Eduardo Sena se surpreende com as gírias que os alunos trazem do
universo da informática: "Na sala de aula, temos o privilégio
de ouvir inovações linguísticas em primeira mão".
Até regras sintáticas sofrem alterações. É comum ouvir frases em forma de tópicos e não mais organizadas no padrão sujeito e predicado. Começa-se a frase com um assunto e depois passa-se para a ação - "A casa, roubaram os portões dela" é uma fala que já chamou a atenção dos especialistas, mas ainda não chegou às gramáticas.
Até regras sintáticas sofrem alterações. É comum ouvir frases em forma de tópicos e não mais organizadas no padrão sujeito e predicado. Começa-se a frase com um assunto e depois passa-se para a ação - "A casa, roubaram os portões dela" é uma fala que já chamou a atenção dos especialistas, mas ainda não chegou às gramáticas.
Disponível
em
<http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/>Acesso
em 25/03/2016. Adaptado.
Nesse
contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre
elas.
I.
"As
línguas não mudam apenas no tempo, mas também variam no espaço".
PORQUE
II.
As variações
de origem socioeconômica, gênero, faixa etária, nível de
escolaridade e região comprovam quão dinâmica é a língua
portuguesa.
A
respeito
dessas asserções, assinale a opção correta.
A.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma
justificativa correta da I.
B.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é
uma justificativa correta da I.
C.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma
proposição falsa.
D.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição
verdadeira.
E.
As asserções I e II são proposições falsas.
QUESTÃO
02
Os
vocábulos pequenino
e drama
apresentam, respectivamente:
a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas
e) 8 e 4 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
c) 8 e 5 fonemas
d) 7 e 7 fonemas
e) 8 e 4 fonemas
QUESTÃO
03
O
“I” não é semivogal em:
a) Papai
b) Azuis
c) Médio
d) Rainha
e) Herói
b) Azuis
c) Médio
d) Rainha
e) Herói
Leia
o texto seguinte para responder as questões 04 e 05.
O zika e o descaso na saúde pública
Com
epicentro no Brasil, o vírus ameaça tornar-se epidemia global, uma
tragédia que poderia ter sido evitada.
Desde
o início do século passado, o Aedes
aegypti
representa uma grave ameaça à saúde do Brasil. À época, o
mosquito era o principal responsável pela transmissão da febre
amarela, só controlada após a operação de guerra comandada pelo
sanitarista Oswaldo Cruz. O vetor foi erradicado em 1955, mas o
relaxamento das medidas de prevenção permitiu o seu retorno poucos
anos depois. Em meados dos anos 1980, ele voltaria ao protagonismo ao
difundir a dengue pelo território nacional. Desde então, as
infrutíferas campanhas governamentais, focadas em apelos à
população para eliminar os criadouros domésticos do inseto, jamais
conseguiram impedir a repetição de surtos. A fatura de três
décadas de descaso é elevada. Em 2015, um novo recorde: 1,6 milhão
de infectados por dengue. Polivalente, o mosquito passou a transmitir
a febre chikungunya e, agora, encarrega-se de dar carona ao
sexagenário, mas ainda pouco conhecido, Zika. Até o momento, o
Ministério da Saúde confirmou o diagnóstico de 270 bebês com
microcefalia ou malformação do cérebro, seis deles por exposição
comprovada ao vírus. Outros 3.448 casos seguem sob investigação.
Em
estado de alerta, a Organização Mundial de Saúde
estima
que o zika pode atingir entre 3 milhões e 4 milhões de habitantes
das Américas, onde se espalha por vários países. Epicentro da
epidemia, o Brasil deve concentrar 1,5 milhão de infectados.
Disponível
em
<http://www.cartacapital.com.br/revista/886/e-haja-mosquitos>Acesso
em 24/03/2016.
QUESTÃO
04
A
relação entre as letras em destaque e seus respectivos segmentos
consonantais está correto em
A.
transmissão:
[z]
B.
descaso:
[s]
C.
casos:[s]
D.
Zika:
[z]
E.
Aedes:
[z]
QUESTÃO
05
Dos
segmentos consonantais seguintes, apresentam consoantes vibrantes
apenas as palavras
A.
território-
erradicado
B.
cérebro-
espalha
C.
fatura-
bebês
D.
inseto-
dengue
E.
passou-
surtos
QUESTÃO
06
Indique
a forma ortográfica
de cada uma das palavras que se seguem.
a)['pasu]
b)['kaRu]
c)
[pa'pɛ
w]
d)
['sabi
Professora Marília Mendes
Mestre em Linguística Aplicada pela UFMG
Especialista em leitura e produção de texto pela UFMG
Professora Mestra de Comunicação Empresarial, Fonética e fonologia,
Mestre em Linguística Aplicada pela UFMG
Especialista em leitura e produção de texto pela UFMG
Professora Mestra de Comunicação Empresarial, Fonética e fonologia,