11 novembro 2014

A data é do  projeto, lei número 10.639, do dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhido o dia  20 de novembro, pois, foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

 A homenagem a Zumbi representa a luta do negro contra a escravidão, da herança do período colonial, que ainda se manifesta nos dias atuais em ocorrências em que o negro se encontra desfavorecido socialmente. Zumbi morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema de  opressão que marginalizava os negros e também uma forma coletiva de manutenção da memória cultural africana no Brasil. Zumbi lutou até a morte para libertar seu povo.

São muitos os "Zumbis" que preservam essa memória e, que, por acreditarem que residem em um país que pode se tornar isento de preconceitos, entendem que todos são iguais e merecem respeito. A dívida que temos com a população negra em nosso país é infinitamente preocupante.

Quando abro as janelas entre uma aula e outra, a proclamar que existe uma luta, que dela participo e, que, por convicção, somos todos iguais, independente de etnia, credo ou classe social, já me sinto vencedora. São diálogos fundamentais sobre a justiça e a coragem dos negros e, também, uma maneira de lembrar que o que se coloca em questão sobre etnia, auto-identidade, modos de socialização, acesso às universidades e ao serviço público através do sistema de cotas raciais é indissociável de uma reorientação profunda a partir da escola e do nosso ambiente de trabalho.

Professora Marília Mendes