Veja o primeiro passo para uma redação nota 1000
Primeiramente,
leia o tema e os textos motivadores. Esse será o seu grande ponto de
partida para escrever uma boa dissertação e obter sucesso na
pontuação do Enem.
Uma
leitura atenta vai evitar que você cometa um dos erros mais comuns
dos estudantes: fugir do tema. Razão pela qual muitas redações
ganham nota zero.
Você deve
estar se perguntando: como garantir que eu entendi o tema proposto?
Para começar, elabore perguntas sobre o assunto. Faça uma espécie
de questionário e reflita sobre os pontos levantados. Isso vai
facilitar a percepção de como o tema deverá ser desenvolvido.
Em
geral, a Redação Enem
propõe como tema um problema, que exige solução. Por isso essa
estratégia é bastante eficiente. Então, foque primeiro no
problema, depois em suas causas e, finalmente, nas possíveis
soluções. Responda as seguintes questões:
1. Qual o
problema?
2. Por que
se trata de um problema?
3. Quais
as causas para tal problema?
4. Há
alguma solução?
5. Como e
por que colocar tal solução em prática?
6. Como
essa proposta pode, de fato, resolver o problema?
Todas
essas perguntas fazem parte do que chamamos de brainstorming. Uma vez
respondidas essas questões, elabore um projeto de texto e defina com
mais detalhes a tese a ser defendida.
Vamos
seguir com o nosso post-aula sobre como preparar um texto
Dissertativo Argumentativo. Você já respondeu as 6 perguntas acima?
Se a resposta for SIM, então você já tem uma base de como começar
a escrever. Ainda não? – Volte um parágrafo e responda antes de
prosseguir.
OK, agora
você já tem os instrumentos necessários para criar sua tese, ou
seja, o que será defendido ao longo dos parágrafos de sua
dissertação para o Enem. Anote suas ideias em uma folha de
rascunho. Tome cuidado para escolher uma tese que você conheça
profundamente e possa defender com desenvoltura.
A partir
dessa fase, você começa a colocar “a mão na massa”. Seu
principal foco deve ser o conteúdo, e não tanto a gramática e
ortografia. Então, dê mais importância para a organização de
seus argumentos. Suas ideias devem fazer sentido.
Apresente
seus argumentos de forma harmoniosa para que a leitura do texto seja
fluida, ou seja, fácil de ler e de compreender.
A
coerência e a organização vão valorizar cada ponto de seus
argumentos. Quanto mais fácil for para o corretor entender seu
texto, maiores as chances de garantir uma boa nota.
Componentes de uma dissertação argumentativa para um Redação Enem nota 1000
Introdução
A
introdução equivale ao primeiro parágrafo. Nessa parte você fará
a apresentação do problema e de suas principais abordagens. Sua
tese principal também deve estar aqui. Os argumentos que vão
explicar e defender seu ponto de vista estarão nos parágrafos
seguintes. Dessa forma, você irá direcionar o olhar do leitor para
seguir sua linha de raciocínio.
Desenvolvimento
Os dois ou
três parágrafos depois da introdução compõem o desenvolvimento.
É a partir do segundo parágrafo que você vai defender a tese
apresentada na introdução. Cada parágrafo do desenvolvimento deve
apresentar argumentos que sustentem as afirmações anteriores. Dessa
forma, será possível analisar de forma profunda e contextualizar
sua ideia principal.
Conclusão
No
parágrafo final da dissertação, você deve retomar o que
apresentou na introdução, de modo a reforçar o problema discutido
até aqui. A diferença é que na conclusão, você apresentará
soluções sobre as questões levantadas anteriormente.
As
frases-chave de cada parágrafo também serão retomadas. Dessa
forma, quando o leitor terminar a leitura, estará certo de que você
propõe as melhores soluções possíveis para os problemas
apresentados ao longo do texto.
Importante: Não se esqueça de revisar seu texto antes de entregar a Redação!
Esse é o
momento de prestar atenção nos erros gramaticais, na ortografia e
na pontuação. Uma dica importante: se você não está seguro sobre
a grafia de uma palavra, substitua por um sinônimo. Caso não
conheça uma palavra com um significado semelhante, mude a frase. O
importante é não perder pontos à toa!
Veja se
não há nenhuma frase solta ou fora do contexto. Esteja atento se os
parágrafos seguem uma sequência lógica e se estão de acordo com a
sua tese principal. Completada essa etapa, agora é o momento de
passar o texto a limpo e de, finalmente, entregar sua redação.
Mas antes
de copiar o texto da folha de rascunho, veja se você cumpriu com o
número mínimo de linhas ou se não ultrapassou o limite máximo.
Preste atenção nas margens que limitam a folha e faça um esforço
para que a sua letra seja a mais clara possível.
Dica
do Blog: como anda sua leitura e
interpretação de texto? Reserve alguns minutos para melhorar essas
habilidades:http://blogdoenem.com.br/redacao-portugues-enem-interpretacao-textos/
Título na redação: cinco dicas que podem resolver suas dúvidas
Ana
Lourenço | 23/02/2015
Imagine
que você está em uma livraria. Na hora de procurar um livro para
comprar, quais fatores você leva em conta? A capa e o nome com
certeza fazem toda a diferença na hora de julgar se aquele livro é
ou não bom, ou se te deu vontade de ler. Com a redação também é
assim: o título é o responsável por chamar a atenção do leitor
e resumir o assunto do qual ele trata.
Apesar de
importante, algumas provas de redação não pedem título – caso
do Enem, em que ele é opcional. Outras, como a Fuvest, exigem o
título, mas nesses casos a exigência é sempre colocada na
proposta (não precisa sair decorando quais provas pedem e quais não
pedem).
Obrigatório
ou não, o título pode ser o diferencial no seu texto. Se você
souber fazê-lo e ficar bem colocado no texto, é recomendável o
uso, mesmo que ele não seja exigido pela prova.
Veja
cinco dicas sobre o que é importante saber sobre esse recurso:
1)
O título é a síntese do tema
Se o nome
de um livro ou de um filme deve entregar um pouco do que será
tratado naquela obra, com o título da redação é a mesma coisa:
ele deve sintetizar o que o leitor vai encontrar ao longo do texto.
Além disso, um título bem trabalhado pode fazer o corretor notar
que você entendeu perfeitamente a proposta. Por isso, use a
simplicidade e faça um título em que o tema fique claro.
Dica: Algumas pessoas
preferem fazer o título antes do texto, para servir como guia.
Mas nem sempre isso dá certo: pode ser que, ao longo do texto,
você acabe mudando o foco e o título perca um pouco do
sentido. Para evitar que isso aconteça, uma sugestão é fazer
o título sempre depois que o texto estiver pronto. Assim, você
pode se basear nele para definir exatamente qual frase encaixa
mais com o que você escreveu.
|
2)
Nada de frases longas
Primeira
regra para fazer um bom título: ele deve ser curto! Procure usar no
mínimo três palavras, e evite que o tamanho da frase seja maior do
que metade da linha.
3)
O verbo é opcional
O título
não precisa ser, necessariamente, uma oração completa com sujeito
e predicado, como “O desmatamento é o pior crime contra a
natureza”. Pode, também, ser uma expressão sem verbo, como “O
problema da reforma agrária”. Mas usar a expressão, apesar de
resolver o problema do título longo, pode ser perigoso: é preciso
que ela consiga sintetizar o tema, mesmo sem o verbo. Na dúvida,
aposte no que parecer mais fácil na hora.
Lembrete: Jamais use o
tema dado pela banca como título. O tema é o assunto
estipulado pela banca sobre o qual você vai escrever; o título
é a frase para encabeçar o seu texto, que você mesmo deve
criar. Fique atento, copiar qualquer parte da proposta de
redação pode provocar a anulação do texto!
|
4) Aposte
na sua criatividade
É
importante que o título deixe claro o que você vai abordar, mas
usar da criatividade pode deixá-lo muito mais interessante para a
banca corretora. Nada impede que você use figuras de linguagem ou
mesmo uma citação (entre aspas, sempre) no título. Mas lembre-se
que a simplicidade é fundamental: tentar rebuscar demais pode
dificultar o entendimento da frase.
Dica: fuja de
lugares-comuns, chavões, frases prontas e gírias. Usar da
criatividade é o oposto disso.
|
5)
Ponto final, letras maiúsculas, linha em branco
-
Pode usar ponto no fim da frase? O título normalmente não tem
ponto, mas, se for uma oração, você pode usar o ponto final.
Se for uma expressão sem verbo, não.
-
Devo usar letra maiúscula em todas as palavras? Não. Escreva
o título como se estivesse escrevendo uma frase normal, usando a
maiúscula apenas em palavras que a exijam, como nomes próprios.
-
Devo pular uma linha depois do título? Depende. Pular a linha
deixa o texto esteticamente melhor – mais bonito, digamos. Mas não
é obrigatório, especialmente se o limite de linhas for pequeno.
Consultoria:
- Dez
passos para a redação nota dez
Sérgio
Vieira Brandão
Editora
Artes e Ofícios
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Correção da redação “Manifesto pelo não monitoramento nas redes sociais” – proposta de redação Unicamp 2012
Mariana Nadai | 04/10/2012
Confira a seguir a análise da redação “Manifesto pelo não
monitoramento nas redes sociais”, feita com base na proposta de
redação do vestibular 2012 da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp). Confira
a proposta da redação.
Texto
analisado
“Manifesto
pelo não monitoramento nas redes sociais”
Mestres e
pais, nesta reunião, nós alunos da escola Educar lhes apresentamos
um manifesto. O objetivo é esclarecer nosso posicionamento diante
do vigente monitoramento realizado por esta instituição de ensino
a partir do dia 10 do presente mês, quando a aluna Giomar Pereira
fundou uma comunidade na rede Orkut para denegrir a imagem de outro
aluno, Ariel Barras, ridicularizando seu desempenho escolar.
Com o
feito, a aluna, que agiu erroneamente, foi advertida e suspensa por
uma semana pela direção, não recebendo direito à realização de
provas nesse período, atitude com que concordamos, e os demais
alunos se tornaram alvo de vigilância, nosso motivo de protesto.
Como não concordamos com o bullying e qualquer forma de
discriminação, pois entendemos que se deva respeitar a pluralidade
de indivíduos, opiniões, traços étnicos, habilidades,
capacidades e crenças, aprovamos a punição de Giomar Pereira.
Porém, há de considerar que o policiamento atual fere a
privacidade dos alunos.
Acreditamos
que a liberdade de expressão foi uma das grandes conquistas do
Iluminismo. Os filósofos representantes desse pensamento iniciaram
a idéia de que cada integrante do povo não é um súdito de seu
governante, tendo que acatar opinião e religião deste. Mas,
entendiam que os membros da nação são cidadãos, e o governante
seu representante, o que dilacera seu poder ilimitado, pois este
passa a ser compartilhado por todos.
Desde o
contratualismo, no início da época, já se aceita que o poder do
governante não provém de Deus, todavia de um acordo entre os
homens. O iluminismo expande esse conceito: se há um contrato, o
poder emana do povo, porque é ele quem admite o governo, e, caso
não concorde com as atitudes de seu representante, pode
destituí-lo. Os comuns ganham, então, liberdade de opinião e
expressão.
Igualmente,
reivindicamos a nossa liberdade de pensar e agir. A vigilância que
se observa é a mesma censura dos ditadores, contrários à
divergência de idéias. Forçosamente, obtinham apoio, tal qual
assinalou Millôr Fernandes: “a diferença entre uma democracia e
um país totalitário é que numa democracia todo mundo reclama,
ninguém vive satisfeito. Mas, se você perguntar a qualquer cidadão
de uma ditadura o que acha de seu país, ele responde sem hesitação:
não posso me queixar”.
Convocamos,
pais e discentes, a eliminar a vigilância e priorizar o senso
crítico, por meio do diálogo. A escola pela liberdade e autonomia
de pensamento!
Análise
da redação
O texto
acima é exemplo de uma excelente produção textual, uma vez que o
texto cumpre, adequadamente e com qualidade, todas
as exigências da proposta redacional; além de,
claramente, ser um texto que apresenta características suficientes
para fazer dele um exímio exemplar do gênero “manifesto”,
o tipo textual exigido pela proposta. Além disso, a redação do
vestibulando é dirigida para toda a comunidade escolar, estando de
acordo, portanto, com o tipo de interlocução esperada
para o bom cumprimento desta tarefa.
O
cumprimento das exigências da proposta:
Logo no primeiro parágrafo do texto, percebe-se o cumprimento da primeira exigência da proposta, a partir da qual deveria ser feito o manifesto. Assim como fora indicado, o vestibulando-autor faz referência a um evento (criado por ele) que teria motivado o monitoramento engendrado pela escola: “O objetivo é esclarecer nosso posicionamento diante do vigente monitoramento realizado por esta instituição de ensino a partir do dia 10 do presente mês, quando a aluna Giomar Pereira fundou uma comunidade na rede Orkut para denegrir a imagem de outro aluno, Ariel Barras, ridicularizando seu desempenho escolar”.
A segunda
exigência da proposta também é extremamente bem cumprida,
uma vez que o texto traz – explícita e
extremamente bem embasada – a declaração de como
e por que o autor do manifesto, juntamente com seus
colegas (nesse sentido, pode-se dizer que a autoria do manifesto
deveria ser “coletiva”; como de fato é a autoria do texto em
análise), são contrários ao monitoramento feito pela
escola. Percebe-se que, para o cumprimento dessa
tarefa, o aluno se valeu de conhecimentos
(históricos, filosóficos, políticos) próprios,
conhecimentos “extra-prova”, “extra-coletânea”,
conhecimentos que integram sua própria história acadêmica, sua
formação como aluno, como cidadão.
Esses
saberes, presentes no terceiro, no quarto e no quinto parágrafo do
manifesto, enriquecem sobremaneira a argumentação construída para
sustentar a postura contrária à atitude da instituição escolar,
uma vez que foram extremamente bem trabalhados em prol da tarefa que
precisava ter sido cumprida.
As
características do gênero “manifesto”
A produção textual tem um tom reclamatório, reivindicatório e de convocação, bem típico de um manifesto. Passagens do texto como “lhes apresentamos um manifesto”, ou ainda “Igualmente, reivindicamos a nossa liberdade de pensar e agir” e também todo o último parágrafo (“Convocamos, pais e discentes, a eliminar a vigilância e priorizar o senso crítico, por meio do diálogo. A escola pela liberdade e autonomia de pensamento!”) não deixam dúvida de que se trata de um manifesto, estando, portanto, de acordo de com as características de gênero esperadas no cumprimento dessa tarefa redacional.
O
trabalho com a interlocução
O uso da primeira pessoa do plural como marca de autoria clara de que o texto representaria a opinião coletiva dos alunos da escola, associado à presença de vocativos como “Mestres e pais”, e, ao final do texto, “pais e discentes” são provas linguísticas de que o texto tem o adequado direcionamento, exatamente o que fora exigido pela proposta.
A
linguagem adequada
Além de todos os traços positivos, até aqui marcados, pode-se ainda ressaltar a qualidade da linguagem apresentada: oral, padrão e formal; bem adequada, portanto, à situação simulada pela Unicamp, situação na qual o texto seria lido: uma reunião de pais e mestres.
Por todas
as qualidades desse texto que fazem dele um ótimo exemplo de
adequadíssima produção textual para o vestibular, ficam
registrados os parabéns ao vestibulando-autor!
*
Análise feita pela professora Lilica: Liliane Negrão Pinto –
professora de Redação do Curso e Colégio Oficina do Estudante –
Campinas/SP
PROPOSTAS DE REDAÇÃO
“É
uma forma aligeirada e mais econômica, uma política de governo para
ampliar a oferta dos sistemas escolares em diferentes níveis? […]
Será que as pessoas podem aprender de ‘verdade’
a distância? Sem a presença de um professor? É só um ‘faz de
conta’, e o aluno sai dos cursos sem os conhecimentos “garantidos”
em um curso presencial?”
PROPOSTAS
DE REDAÇÃO
1. A
partir das considerações feitas pela professora e do conhecimento
prévio que você tem sobre a modalidade de Educação Superior a
Distância, escreva um artigo de opinião, no qual
você defenda um ponto de vista em resposta à seguinte questão:
A
Educação a Distância é uma alternativa viável para a
democratização da Educação Superior de qualidade no Brasil?
Seu artigo
deverá, obrigatoriamente, atender às seguintes exigências:
-
apresentar explicitamente um ponto de vista, fundamentado em, no
mínimo, dois argumentos;
- ser
redigido na variedade padrão da língua portuguesa;
- não ser
escrito em versos;
-ter entre
180 e 300 palavras.
2.
Proposta de
redação: Corrupção no Congresso Nacional
Texto
1
Dos 594
deputados e senadores em exercício no Congresso Nacional, 190 (32%)
já foram condenados na Justiça e/ou nos Tribunais de Contas.
As
ocorrências se encaixam em quatro grandes áreas: irregularidades em
contas e processos administrativos no âmbito dos Tribunais de Contas
(como fraudes em licitações); citações na Justiça Eleitoral
(contas de campanha rejeitadas, compra de votos, por exemplo);
condenações na Justiça referentes à lida com o bem público no
exercício da função (enriquecimento ilícito, peculato etc.); e
outros (homicídio culposo, trabalho degradante etc.).
(Natália
Paiva. www.transparencia.org.br. Adaptado.)
Texto
2
Nossa
tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de
cidadania política sem vínculos com a efetiva vida social dos
brasileiros. Na teoria, aprendemos que devemos ser cidadãos; na
prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como
cidadãos. A face política do modelo de identidade nacional é
permanentemente corroída pelo desrespeito aos nossos ideais de
conduta.
Idealmente,
ser brasileiro significa herdar a tradição democrática na qual
somos todos iguais perante a lei e onde o direito à vida, à
liberdade e à busca da felicidade é uma propriedade inalienável de
cada um de nós; na realidade, ser brasileiro significa viver em um
sistema socioeconômico injusto, onde a lei só existe para os pobres
e para os inimigos e onde os direitos individuais são monopólio dos
poucos que têm muito.
Preso
nesse impasse, o brasileiro vem sendo coagido a reagir de duas
maneiras. Na primeira, com apatia e desesperança. É o caso dos que
continuam acreditando nos valores ideais da cultura e não querem
converter-se ao cinismo das classes dominantes e de seus seguidores.
Essas pessoas experimentam uma notável diminuição da autoestima na
identidade de cidadão, pois não aceitam conviver com o baixo padrão
de moralidade vigente, mas tampouco sabem como agir honradamente sem
se tornarem vítimas de abusos e humilhações de toda ordem.
Deixam-se assim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à
identidade nacional, abandonando o país. Na segunda maneira, a mais
nociva, o indivíduo adere à ética da sobrevivência ou à lei do
vale-tudo: pensa escapar à delinquência, tornando-se delinquente.
(Jurandir
Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.)
Texto
3
Se o
eleitorado tem bastante clareza quanto à falta de honestidade dos
políticos brasileiros, não se pode dizer o mesmo em relação à
sua própria imagem como “povo brasileiro”. Isto pode ser um
reflexo do aclamado “jeitinho brasileiro”, ora motivo de orgulho,
ora de vergonha.
De
qualquer forma, fica claro que há problemas tanto quando se fala de
honestidade de uma forma genérica, como quando há abordagem
específica de comportamentos antiéticos, alguns ilegais: a
“caixinha” para o guarda não multar, a sonegação de impostos,
a compra de produtos piratas, as fraudes no seguro, entre outros. A
questão que está posta aqui é que a população parece não
relacionar seus “pequenos desvios” com o comportamento desonesto
atribuído aos políticos.
(Silvia
Cervellini. www.ibope.com.br. Adaptado.)
Com base
nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva
uma redação de gênero dissertativo, empregando a norma-padrão da
língua portuguesa, sobre o tema:
Corrupção
no Congresso Nacional: reflexo da sociedade brasileira?
ORIENTAÇÕES
1.
Redija seu texto de acordo com a norma culta escrita da língua.
2. O texto
deve ter entre 10 e 30 linhas.