24 setembro 2011

O uso dos tabletes está cada vez mais frequente na vida do brasileiro. Se antes eram os super-monitores ou os smartphones que atraiam  os internautas de plantão, agora o que se vê por todo país é a adesão ao famoso tablet. O que ele oferece ? Trata-se de um dispositivo  em formato de prancheta com acesso à Internet, organiza documentos, permite o armazenamento e a visualização de fotos, vídeos, além da leitura de livros, jornais e revistas  e se quer ainda mais,  jogos 3D. Apresenta uma tela touchscreen como entrada principal.

Sabe-se, contudo, que os tablets são muito bem-vindos na área de terapia ocupacional, em casos de reabilitação de pacientes como os que tiveram sequelas, advindas do câncer. As crianças, vítimas do câncer, que apresentam problemas motores, na fala ou mesmo na visão, podem utilizá-lo no processo de reabilitação, uma vez que ele permite uma interação, facilitando a vida desses pacientes.

Nas escolas, os tablets não são apenas instrumentos de trabalho exclusivos dos professores. Uma escola particular de Brasília anunciou durante a semana que alunos do ensino Médio já são autorizados a fazerem uso das pranchetas em sala de aula, o que dispensa o livro didático, trazendo uma série de benefícios para os alunos. Os professores também estão se mostrando bastante otimistas na adesão aos recursos tecnológicos na escola. Eles têm sua vida facilitada e interagem com os alunos, fazendo uso de todos os recursos multimídia que as pranchetas oferecem. Para a lista de material de 2012, o tablet já está incluso, o que significa que alguns livros serão dispensados da mochila. O que as escolas pretendem consiste na criação de softwares adequados para os conteúdos a serem aplicados durante as etapas. Cada aluno poderá ter a sua ferramenta, mas os dispositivos são os mesmos e devem ser adquiridos nas escolas que se propuserem a utilizar esse recurso nas aulas do fundamental e Médio.

Não demora muito, muitas escolas farão a opção pelo tablet, que em geral, além de ser mais barato que os monitores,  são leves, agregam todas as funções necessárias para o uso do discurso eletrônico em diferentes aulas e dispensam aqueles livros infinitamente pesados que as crianças carregam diariamente.

Eu me vejo  otimista no reconhecimento da prática digital em sala de aula como em qualquer outro setor na vida do cidadão comum, que precisa e deve se atualizar, buscar novas ferramentas no processo de aprendizagem, compatíveis à realidade dos alunos, tornando a escola mais distante do conservadorismo com que elas  se mantêm.

A inclusão digital é tema de extrema importância na educação. Infelizmente, nossos professores não estão sintonizados na mesma frequência e as escolas não investem  o suficiente no profissional para que ele esteja preparado para utilizar as ferramentas que aí estão: novas, acessíveis e presentes na vida dos estudantes. É preciso fazer uso dos novos recursos tecnológicos em sala de aula para que os alunos interajam e sejam, de fato, sujeitos construtores e reflexivos na escola que queremos e com profissionais atentos a essas transformações. O professor ou a escola que não se atentar ao uso da tecnologia na prática de ensino, ficará parado no tempo e será protagonista de aulas entendiantes e desinteressantes para os alunos que estamos formando.

                                                                                                                                  Professora Marília Mendes