12 abril 2015

  ATIVIDADE QUE RELACIONA CHARGE E  CONTEXTO -1º ANO

Leia o texto seguinte.

Para mim, o que aconteceu em Paris acende uma 
luz vermelha que nos leva à seguinte reflexão: o mundo
 está tão sério, e se levando tão a sério, que as vítimas
 desta guerra que começa a se desenhar não são soldados
 ou chefes de Estado: são jornalistas e cartunistas,
 homens que lidam diariamente com a sátira, a ironia
 e o humor, por meio de traços e palavras.
Disponível em <http://kikacastro.com.br/2015/01/14/20-charges-sobre-o-ataque-terrorista-em-paris/>Acesso em 19/03/2015



Para entender a charge abaixo, é preciso identificar o contexto estabelecido na imagem. Quais são as informações que ajudam o leitor a associá-la a um tempo e a um fato precisos? EXPLIQUE de que modo a necessidade de levar em conta a situação em que é usada a frase do balão ajuda a compreender o sentido que a charge adquire.




RESPOSTA

Os ataques de 07/01/2015 despertaram uma ampla discussão sobre “liberdade de expressão” nos meios de comunicação. Celebridades, políticos e pessoas comuns manifestaram seu apoio e solidariedade às vítimas como a frase “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), que é uma expressão criada por um cartunista francês imediatamente após os atentados e que acabou viralizando no mundo todo. Os ataques ainda colocaram em mesa mais uma vez a questão do “extremismo islâmico”, do “oriente contra o ocidente” e da “guerra de religiões”. Novamente, assistimos ao islã sendo associado ao “terrorismo” e a “intolerância religiosa”.

A charge retrata  através dos aspectos verbais e também não verbais, a intenção de centenas de pessoas e personalidades que manifestaram seu repúdio aos ataques orquestrados contra o jornal Charlie Hebdo. Os elementos que se opõem na charge (os lápis e a arma) representam  um sinal comum, em todo o mundo, de prestar solidariedade contra os ataques e para a liberdade de expressão. Para entender a charge, no entanto, é preciso ter conhecimento prévio acerca dos fatos.A ideia do verbo "Renda-se" comprova a resistência dos artistas/jornalistas e cartunistas que não pretendem se calar diante da tragédia, por acreditarem que o trabalho de cunho artístico-cultural que produzem é mais forte que a intolerância.

(Créditos da questão: professora Marília Mendes)