ATIVIDADE QUE RELACIONA CHARGE E CONTEXTO -1º ANO
Leia
o texto seguinte.
Para mim, o que
aconteceu em Paris acende uma
luz vermelha que nos leva à
seguinte reflexão: o mundo
está tão sério, e se levando tão a
sério, que as vítimas
desta guerra que começa a se desenhar não
são soldados
ou chefes de Estado: são jornalistas e cartunistas,
homens que lidam diariamente com a sátira, a ironia
e o humor,
por meio de traços e palavras.
Disponível
em
<http://kikacastro.com.br/2015/01/14/20-charges-sobre-o-ataque-terrorista-em-paris/>Acesso
em 19/03/2015
Para
entender a charge abaixo, é preciso identificar o contexto
estabelecido na imagem. Quais são as informações que ajudam o
leitor a associá-la a um tempo e a um fato precisos? EXPLIQUE
de que modo a necessidade de levar em conta a situação em que é
usada a frase do balão ajuda a compreender o sentido que a charge
adquire.
RESPOSTA
Os ataques de 07/01/2015 despertaram uma ampla discussão sobre “liberdade de
expressão” nos meios de comunicação. Celebridades, políticos e pessoas
comuns manifestaram seu apoio e solidariedade às vítimas como a frase
“Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), que é uma expressão criada por um
cartunista francês imediatamente após os atentados e que acabou
viralizando no mundo todo. Os ataques ainda colocaram em mesa mais uma
vez a questão do “extremismo islâmico”, do “oriente contra o ocidente” e
da “guerra de religiões”. Novamente, assistimos ao islã sendo associado
ao “terrorismo” e a “intolerância religiosa”.
A charge retrata através dos aspectos verbais e também não verbais, a intenção de centenas de pessoas e personalidades que manifestaram seu repúdio aos ataques orquestrados contra o jornal Charlie Hebdo. Os elementos que se opõem na charge (os lápis e a arma) representam um sinal comum, em todo o mundo, de prestar solidariedade contra os ataques e para a liberdade de expressão. Para entender a charge, no entanto, é preciso ter conhecimento prévio acerca dos fatos.A ideia do verbo "Renda-se" comprova a resistência dos artistas/jornalistas e cartunistas que não pretendem se calar diante da tragédia, por acreditarem que o trabalho de cunho artístico-cultural que produzem é mais forte que a intolerância.
(Créditos da questão: professora Marília Mendes)