03 abril 2011

O escritor Mario Vargas llsoa entrou para a lista do prêmio Nobel de Literatura em 2010.Sem muito acreditar que seria o dono do prêmio, o peruano destacou-se pela literatura latino-americana e saiu do livro do esquecimento.


Na linha de Gabriel Garcia Márquez, enquanto professor,reúne uma carreira literária entre a ficção e a não-ficção, entremeado pela forte influência política que ressalta seu tempo,sua biografia e realça seu posicionamento diante da política de Hugo Chávez, o presidente da Venezuela, o que o caracteriza como anti-esquerdista de plantão, ou anti à política de direita, dizendo-se não socialista.
O que chama a atenção, no entanto, naquilo que pude conhecer sobre o escritor está fora da política.Sua vida de professor ajuda a titular a América do Sul diante da supremacia norte-americana.A universidade em que leciona está eufórica até hoje.Seu prestígio ainda é materializado em uma medalha de ouro e o equivalente a US$1,6 milhão, ou seja, mais de dois milhões e meio de reais.
Merece! O peruano tem uma trilha político-literária que vai dos estudos aplicados a Marx até Fidel Castro.


Seus romances não são lineares. Há uma quebra notável na sequência temporal.Li o romance A Casa Verde e uma série de outros textos do autor na internet.Achei-o tão bom quanto Conversa na catedral, que é a rigor, a própria vida de Llosa, seus encontros e separações.
Ele não se deteve e ilustrou com grande brilhantismo a Guerra de Canudos no livro A Guerra do Fim do Mundo.
Entre reconstituições históricas , romances e política, Llosa é hoje, o nome de maior reconhecimento literário depois do Nobel, o que prova que somos latinos americanos e nunca nos enganamos.
                                                                               Marília Mendes