A
espera por mais uma virada contraria a era dos cenários
apocalípticos. Seguindo a dicotomia entre os terremotos e os
tsunamis, o que o mundo vê para a proximidade, antagonizando a
retratação ao Maionismo e ao Calendário de contagem Longa, inclui
uma exacerbada atenção à educação socioambiental e às
diferentes maneiras de se produzir energia sustentável para todos,
conforme designação das Nações Unidas.
Produzir
energia barata e torná-la acessível à população é um dos
maiores objetivos da ONU. Não obstante, a população mundial
conhece e utiliza os recursos da biomassa tradicional, o que não
significa dispensar novas formas de produção, que certamente
condizem com a energia sustentável. O Brasil fecha o ano ocupando o 5º lugar entre os países que mais se destacaram na produção de
energia limpa, no entanto, as campanhas para um mundo sustentável têm sinalizado que os
brasileiros podem e devem melhor utilizar seu potencial de energia
eólica e solar.
Enquanto
algumas empresas, autoridades , instituições, profissionais do eixo
educacional e de todos os eixos, cidadãos comuns e incomuns não
entenderem e se conscientizarem da importância que tem a produção
de energias renováveis, possibilitando a redução da pobreza
energética, aí sim , estaremos contribuindo para o cenário típico,
um tanto quanto cinematográfico do apocalipse, do fim do mundo
polemizado no filme 2012.
Li
recentemente um título que despertou a atenção necessária para o
olhar referente ao ano novo em seus aspectos mais necessários:
“o
combustível do futuro é a eficiência”. Trata-se da formação
dos novos ricos entre os chineses e os indianos, o que traz de
provável , um maior consumo de petróleo na ascensão asiática. O
petróleo não tem contudo, sua morte anunciada, o desafio está na
demanda. A tecnologia terá sempre o seu lado bom e o seu relativo
lado ruim. É simples! Basta pensar nos reatores que podem ser
produzidos e levados às mãos erradas. A usina de Fukushima
é parte do efeito 2012. O preço da primavera árabe, custeado em
longas e turbulentas prestações nas manifestações contra regimes
ditatoriais, que na prática, estão falidos, caminham para o efeito
2012 desde há muito. O mundo globalizado colocou em xeque o abismo
entre o mundo árabe e o progresso ocidental.
São
esses grandes eventos que deixaram o mundo em real alvoroço. Mas
longe de prenunciar o fim, o caminho é vasto e incide em vida. Vida
em abundância. Como na preparação da arca de Noé no filme, não
há motivos para um “salve-se” quem puder. Há mais preocupação
em salvar homens e animais dos horrores da escravidão. O que o ano
que vem tem de comum com o ano que se vai é o desafio
socioeconômico, a conscientização do homem frente à necessidade
de cuidar do planeta, da saúde e de si mesmo.
Em
dissonância com a contagem regressiva que não pode e nem vai
terminar em 21 de dezembro de 2012, está a liberdade entre os povos,
a importância dos direitos humanos em plenitude e a reorganização
de muitas ideias e cuidados com o planeta. Eu prometo, como
educadora que sou, sem sofrer o efeito 2012 que a mídia gerou e
complicou em grandes capítulos, promover produções que relacionem
o assunto, divulgar e difundir os temas que conscientizam e nos
salvam da destruição de um avassalador vulcão que se chama
desencorajado.
This
is not the end.
É isso . Um
2012 de coragem é o que desejo a todos, no sentido mais literal do
que a palavra encerra.