Bullying é um termo da língua inglesa e significa valentão, reunindo todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas,
em geral, intencionais e repetitivas, que ocorrem em relações desiguais entre os envolvidos .
Relações desiguais são aquelas em que um dos envolvidos torna-se menos favorecido que o outro. A escola é um dos ambientes em que mais se observam casos de bullying, uma vez que é cenário propício a reunir jovens adolescentes em período extremamente delicado de suas vidas. No entanto, esse mal já faz parte da rotina cruel de empresas de pequeno ou grande porte. Adultos também são vítimas do bullying.
Em geral, os casos de bullying não são observados facilmente pelos educadores, ou pelos chefes, até porque acreditam que os jovens agem grande parte do tempo, brincando. Nesse caso, as brincadeiras , que são ofensivas e já caracterizam um quadro de bullying, podem ser confundidas com meras brincadeiras em um grupo.
O fato é que essas brincadeiras, quando
não controladas, geram situações de desconforto para aqueles que não têm, muitas vezes, a coragem de se pronunciarem e
levarem ao conhecimento dos adultos aquela forma comportamental
opressora que é criada no grupo. No caso dos adultos, são pessoas que não denunciam seus colegas de trabalho por temerem algum tipo de retaliação.
O assunto veio à tona quase que recentemente e conseguiu despertar grande parte da população, incluindo os educadores que começaram a prestar mais atenção na maneira como se comportam seus alunos. Fora da escola, os pais também parecem mais atentos no sentido de protegerem seus filhos desse mal que pode trazer traumas irreparáveis nos jovens.
Existem acompanhamentos
psicológicos com resultados bem positivos para aqueles que são
vítimas do bullying. Mas antes do tratamento, é importante que a
sociedade se mobilize e que os pais conversem com seus filhos,
preparando-os para uma vida em sociedade, em que reine o respeito pelas
pessoas como essencial para relações de harmonia, seja na escola, no trabalho ou em
qualquer lugar.
Em casa, deve ser feita a primeira orientação para evitar situaçoẽs de bullying. Na escola, aquilo que se aprende em casa, deve ser aplicado pelos jovens e, mesmo quando faltam essas orientações por parte da família, a escola deve atentar-se para a forma de tratamento dos jovens entre si. O professor não pode fechar os olhos para tão grave problema que, começa com simples apelidos "maldosos" e tornam-se perseguições traumatizantes, acompanhadas de ofensas , podendo virar um tipo de agressão não verbal. A violência psicológica é a primeira forma de manifestação do bullying, mas pode chegar a expressões mais constrangedoras, quando por exemplo, a vítima resolve reagir, por não sustentar mais uma situação de desigualdade e de extrema maldade e aquele que oprime partir para a própria violência física.
As
relações comportamentais entre os jovens exigem atenção de todos nós,
porque envolvem nossos filhos, os filhos dos nossos amigos e
conhecidos também. Os pais devem educar seus filhos para uma vida
saudável em relações de igualdade, independente de orientação sexual,
crença, raça...Afinal, o bullying é uma brincadeira que,
definitivamente, não tem graça.
( professora Marília Mendes )