15 outubro 2011

Eu poderia me manifestar em razão do dia do professor de diferentes maneiras. Ainda que a imagem do profissional que enfrenta a sala de aula seja rotulado e castigado injustamente entre muitos componentes, ainda que a própria mídia colabore para que de alguma forma,  o professor seja levado à forca e, tendo em vista as últimas notícias das salas de aula que não são das melhores... 

Tudo levaria a crer que o professor pode tornar-se tirano, violento, amargo e desgostoso com a própria vida. Em alguns casos, adoeceria e ficaria velho precocemente.

No entanto, a divulgação das dificuldades que esse profissional enfrenta, sobretudo no setor público, os salários baixíssimos que o levam a dobrar a jornada de trabalho e mesmo o descaso das autoridades com a educação no nosso país denotam um cidadão que luta para garantir os seus direitos em registros de greves e paralisações que, quase sempre são finalizadas da forma mais frustrante, sem sucesso.

Contudo, as universidades apontam um número cada vez maior de jovens que escolhem cursos que os levarão ao caminho da educação. Significa que existe uma crença, sequer uma esperança e, como maior virtude, amor a uma  das tarefas mais dignas e mais difíceis na sua execução. 

Mas vejo entretanto, seja lecionando Português ou Inglês para jovens de diferentes idades, que a confiabilidade no professor ainda é quase 100%. Esse é o reconhecimento e talvez a maior motivação que temos para insistirmos em longas jornadas.Comecei o meu dia recebendo flores. Simbologia de que alguém está se importando. Muitos se importam.É o que está certo!

Concluo ponderações adversas em uma pequena homenagem aos meus amigos e também alunos que, desde então, enchem-me de carinho e de reconhecimento. O mais importante: eles fazem isso o ano todo.

                 Grande beijo da professora Marília